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Segundo turno reaviva tensões, diz Werlang
ÉRICA FRAGA
DA REPORTAGEM LOCAL
O período de contagem regressiva, iniciado hoje, para o segundo turno das eleições presidenciais será marcado por mais turbulências no mercado financeiro.
Câmbio, títulos da dívida e Bolsa
de Valores tendem a continuar
exibindo fortes oscilações. Essa é
a opinião do economista Sérgio
Werlang, diretor do Itaú.
"Os mercados continuarão oscilando muito, ao sabor da divulgação das próximas pesquisas de
intenção de voto", disse Werlang.
Segundo o economista, que já
foi diretor do Banco Central, o
mercado financeiro só se acalmaria nos próximos dias em duas
circunstâncias:
1- Se a candidatura de José Serra
ganhasse força e chances reais de
vencer as eleições. Mas Werlang
ressalva que essa hipótese é improvável;
2- Se Luiz Inácio Lula da Silva
anunciasse de antemão quem
ocupará a presidência do BC em
seu eventual governo. E que, além
disso, o escolhido tivesse o perfil
esperado pelo mercado: economista ortodoxo e conhecedor dos
mercados financeiros.
As chances de que isso aconteça
também são remotas, admite
Werlang: "O próprio Lula disse
hoje [ontem] que não vai anunciar nenhum nome agora", diz.
Para Werlang, a decisão do PT
faz sentido, já que a eleição ainda
não está definida. Mas, em caso de
aumento da turbulência financeira, ele acredita que seria fundamental que o PT antecipasse essa
informação.
Werlang voltou a negar que tenha recebido algum convite para
ocupar a presidência do BC em
um eventual governo Lula, apesar
de ter tido contatos com o PT. Foi
chamado para-e aceitou-participar do grupo organizado pela
Febraban (Federação Brasileira
das Associações de Bancos) que
vem discutindo com o PT propostas para o setor. Mas acabou não
comparecendo às reuniões porque teve de viajar para Washington, onde participou das reuniões
do FMI.
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