UOL


São Paulo, quarta-feira, 08 de outubro de 2003

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Comércio paulista prevê Natal fraco

DA REPORTAGEM LOCAL

O comércio da região metropolitana de São Paulo prevê faturar neste Natal o mesmo ou menos do que em igual período de 2002, informa a Fecomercio SP.
Levantamento da entidade mostra que 70,6% dos comerciantes da região vão comprar neste final de ano o mesmo que em igual período de 2002. Pior: 50,3% dos consultados ainda nem fizeram encomendas às indústrias.
Repetir o desempenho do ano passado, segundo os lojistas, somente será possível porque a maioria deles (70%) pretende fazer promoções ou descontos.
O Magazine Luiza, por exemplo, informa que o volume de vendas neste final de ano deve crescer 8% em relação a igual período de 2002, considerando o mesmo número de lojas, especialmente por causa das promoções e da expansão do crediário.
""A indústria teve recuperação de 1,5% em agosto, mas, no acumulado do ano, a perda é de 1,8%. A perda dos salários é de 16% e mesmo as categorias que têm dissídio não devem recuperar mais que 9%, sem contar o desemprego. Ninguém vai querer comprometer renda futura", diz Antônio Carlos Borges, diretor-executivo da Fecomercio. A entidade estima que o comércio vai faturar neste ano 1% a menos, em média, do que no ano passado.
""Não será o Natal do eletroeletrônico porque o crédito é escasso e os juros, elevados. Os itens mais vendidos devem ser TVs e geladeiras, mas nada que inverta a situação do setor", diz Borges.
Outra pesquisa, da consultoria Pythia Research, aponta que não mais que 9% das famílias pretendem adquirir algum eletrodoméstico nos próximos três meses.
Na pesquisa anterior, de junho, 17% dos consultados pretendiam comprar eletrodomésticos. Em dezembro do ano passado, o percentual de famílias dispostas à compra chegava a 22,9%. Dos consumidores que confirmaram pretender adquirir esses produtos, 39,6% optaram por geladeira ou fogões, considerados itens de primeira necessidade.
Os supermercados também não prevêem um final de ano bom. "Ficaremos satisfeitos se as vendas forem iguais às do ano passado", afirma Sussumu Honda, presidente da Apas, associação que reúne os supermercados. Em setembro, diz, as vendas caíram de 1% a 2% sobre igual mês de 2002.


Texto Anterior: CNI aponta venda maior na indústria
Próximo Texto: Opinião econômica: Reforma regulatória ou refluxo absolutista?
Índice


UOL
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.