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Comércio paulista prevê Natal fraco
DA REPORTAGEM LOCAL
O comércio da região metropolitana de São Paulo prevê faturar
neste Natal o mesmo ou menos
do que em igual período de 2002,
informa a Fecomercio SP.
Levantamento da entidade
mostra que 70,6% dos comerciantes da região vão comprar neste final de ano o mesmo que em igual
período de 2002. Pior: 50,3% dos
consultados ainda nem fizeram
encomendas às indústrias.
Repetir o desempenho do ano
passado, segundo os lojistas, somente será possível porque a
maioria deles (70%) pretende fazer promoções ou descontos.
O Magazine Luiza, por exemplo, informa que o volume de
vendas neste final de ano deve
crescer 8% em relação a igual período de 2002, considerando o
mesmo número de lojas, especialmente por causa das promoções e
da expansão do crediário.
""A indústria teve recuperação
de 1,5% em agosto, mas, no acumulado do ano, a perda é de 1,8%.
A perda dos salários é de 16% e
mesmo as categorias que têm dissídio não devem recuperar mais
que 9%, sem contar o desemprego. Ninguém vai querer comprometer renda futura", diz Antônio
Carlos Borges, diretor-executivo
da Fecomercio. A entidade estima
que o comércio vai faturar neste
ano 1% a menos, em média, do
que no ano passado.
""Não será o Natal do eletroeletrônico porque o crédito é escasso
e os juros, elevados. Os itens mais
vendidos devem ser TVs e geladeiras, mas nada que inverta a situação do setor", diz Borges.
Outra pesquisa, da consultoria
Pythia Research, aponta que não
mais que 9% das famílias pretendem adquirir algum eletrodoméstico nos próximos três meses.
Na pesquisa anterior, de junho,
17% dos consultados pretendiam
comprar eletrodomésticos. Em
dezembro do ano passado, o percentual de famílias dispostas à
compra chegava a 22,9%. Dos
consumidores que confirmaram
pretender adquirir esses produtos, 39,6% optaram por geladeira
ou fogões, considerados itens de
primeira necessidade.
Os supermercados também não
prevêem um final de ano bom.
"Ficaremos satisfeitos se as vendas forem iguais às do ano passado", afirma Sussumu Honda, presidente da Apas, associação que
reúne os supermercados. Em setembro, diz, as vendas caíram de
1% a 2% sobre igual mês de 2002.
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