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MONTADORAS
Em outubro foram fabricados 169,8 mil veículos e vendidos 141,6 mil; redução do IPI impulsionou negócios
Produção de carros é a maior em 17 meses
DA REPORTAGEM LOCAL
DA FOLHA ONLINE
As vendas no atacado e a produção de veículos automotores em
outubro foram as maiores dos últimos 17 meses, divulgou ontem a
Anfavea (Associação Nacional
dos Fabricantes de Veículos Automotores). No mês passado, foram produzidos 169,8 mil veículos, 12,9% a mais que setembro e
30,1% a mais que outubro do ano
passado. Já as vendas no atacado
cresceram 15,5% em outubro
contra o mês anterior e 33,4% sobre o mesmo mês do ano passado,
atingindo a marca de 141,6 mil
veículos nacionais vendidos.
As comparações com o mesmo
mês de 2001, porém, têm como
base um período atípico para o
mercado de veículos, já que, na
época, ainda havia temores com
relação aos efeitos do ataque terrorista de 11 de setembro e do racionamento de energia.
Mesmo com a recuperação, a
produção de veículos ainda acumula queda de 5,5% no ano, em
relação ao mesmo período de
2001. Já as vendas acumuladas no
atacado caíram 8%, na comparação com o ano passado.
De acordo com as montadoras,
o principal motivo para esse resultado foi a redução do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) para alguns tipos de veículos, principalmente os movidos a
álcool e os de mais de mil cilindradas. Por causa desse incentivo fiscal, a participação de carros populares na venda total de veículos
no país caiu para 56,6%. Esse tipo
de veículo tinha uma parcela de
77% do mercado antes da redução do IPI.
Desde julho, o IPI dos carros
populares, que era de 10%, foi reduzido para 9% no caso dos movidos a álcool. Para os carros de
1.000 a 2.000 cilindradas, as alíquotas foram divididas em 14%
(álcool) e 16% (gasolina). Para os
automóveis com mais de 2.000 cilindradas, o IPI passou para 20%
(álcool) e 25% (gasolina). Antes
dessa alteração, todos os modelos
acima de mil cilindradas tinham
uma alíquota única de 25%.
Ociosidade
As montadoras brasileiras decidiram apostar na busca por novos
mercados para tentar reduzir o
nível de ociosidade de suas fábricas no país. Segundo a Anfavea, o
uso da capacidade instalada no
setor chega apenas a 44%.
O próximo e principal objetivo
das montadoras brasileiras é a
União Européia. De acordo com a
Anfavea, uma missão de executivos do país deve ir à Europa na
próxima semana. Seu objetivo será articular um acordo comercial
entre o Brasil e o bloco europeu
para o setor automotivo. As negociações, porém, só devem dar resultados entre 2004 e 2005, de
acordo com as previsões das
montadoras.
(JOSÉ SERGIO OSSE e FABIANA FUTEMA)
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