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TRANSE
Missão técnica chega ao Brasil para revisão do acordo de US$ 30,4 bi e vai ter primeiro encontro com equipe de Lula
FMI vê como fica plano "daqui para a frente"
MARCIO AITH
DE WASHINGTON
A missão do FMI (Fundo Monetário Internacional) que chega ao
Brasil neste final de semana tem
como missão rever o andamento
do acordo de US$ 30,4 bilhões
com o país e decidir "como ele deve continuar daqui para a frente".
É o que disse ontem o porta-voz
do FMI, Thomas Dawson, ao referir-se aos técnicos do Fundo que
começarão a fazer, na próxima semana, a primeira revisão trimestral do programa negociado com
o governo brasileiro em agosto.
Será a primeira missão liderada
no Brasil pelo economista argentino Jorge Marquez-Ruarte, recém-empossado diretor-assistente do Departamento do Hemisfério Ocidental do Fundo. Marquez-Ruarte substituiu o economista Lorenzo Perez na chefia das
negociações com o governo brasileiro. Perez, no entanto, também
fará parte do grupo que viaja para
o Brasil. Marquez-Ruarte chega
no domingo e começa a trabalhar
na segunda-feira, em Brasília. O
restante da missão (de sete ou oito
técnicos) chega ao Brasil na próxima terça-feira.
Base
Indagado sobre os objetivos básicos e limites da missão, Dawson
disse: "Há um programa em andamento, com uma estrutura
apoiada por todos os candidatos
-ou três dos quatro candidatos.
Essa é a base sobre a qual a revisão
será conduzida. Mas claramente
essa é uma oportunidade tanto
com o governo atual quanto com
a futura administração para rever
o que está ocorrendo no programa e como ele deveria caminhar
daqui para a frente. Existe grande
interesse em ouvir os planos e
idéias da nova administração".
Dawson confirmou que, durante a revisão, vai haver o primeiro
encontro do FMI com representantes do presidente eleito, Luiz
Inácio Lula da Silva. "É razoável
esperar que haverá contato com
os membros da equipe de transição", disse. "Obviamente, há um
grande interesse nos planos e
idéias do novo governo."
Nos trilhos
O porta-voz do Fundo disse que
"o programa parece estar nos trilhos" e que o próximo desembolso, de US$ 3 bilhões, deverá ser liberado sem problemas em dezembro. Dawson também disse
que o FMI vê de forma positiva a
melhoria dos mercados depois da
eleição de Lula. No entanto ele
não quis adiantar as possíveis
mudanças no programa -como,
por exemplo, um aumento da
atual meta de superávit fiscal para
o ano de 2003.
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