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INTERNET
Acordo deve ser fechado nas próximas semanas
Microsoft é favorita para comprar participação na America Online
DA REDAÇÃO
A Microsoft é a favorita para
comprar uma participação na
America Online, divisão da gigante de mídia Time Warner, segundo pessoas próximas à negociação ouvidas pelo jornal americano "The New York Times".
O plano da fabricante de software Microsoft é fundir o seu serviço
MSN à AOL, mas ainda não foi
decidido como a parceria seria gerida. A Time Warner não quer ceder controle da AOL a não ser que
receba "uma oferta muito boa",
segundo as pessoas ouvidas pelo
jornal americano.
O anúncio oficial da compra de
uma participação da AOL ainda
deve demorar algumas semanas.
Várias empresas de internet e mídia estão interessadas na AOL, como os sites de busca Google e Yahoo!, a operadora de TV a cabo
Comcast e a News Corp.
A AOL, que começou como um
provedor de internet e portal pago, vem perdendo clientes de internet dial-up, mas ainda atrai milhões de usuários por dia a seu
portal gratuito e a seu conteúdo só
para assinantes. As interessadas
em comprar uma participação na
AOL buscam principalmente o
potencial do portal para geração
de receita com a venda de publicidade on-line.
O presidente da Microsoft, Bill
Gates, disse em encontro com repórteres do "New York Times" na
semana passada que o interesse
de sua empresa na AOL tem a ver
com a pretensão da Microsoft de
ter, no futuro, um papel maior em
publicidade on-line.
A parceria com a AOL ajudaria
a aumentar o tráfego do portal
MSN.com e a promover o novo
serviço de buscas on-line da Microsoft, disse Gates.
Além disso, a parceria aumentaria a presença da AOL em mercados nos quais o MSN tem maior
penetração, como Japão e Canadá. Outra possibilidade seria interligar o sistema de mensagens
instantâneas da AOL, popular nos
Estados Unidos, com o da MSN e
do Yahoo!, de acordo com o presidente da Microsoft.
Microsoft x Google
Três pessoas ouvidas pelo "New
York Times" disseram que o interesse da Microsoft na AOL vem
em parte da determinação de Gates de reduzir o crescimento do
Google.
O site de buscas tem um acordo
com a AOL, renovado anualmente, sob o qual opera as buscas no
portal e gerencia a publicidade ligada a essas buscas. A publicidade
veiculada em sites da AOL foi responsável por 11% da receita do
Google neste ano.
"A AOL tem sido nosso parceiro
mais antigo e, de várias formas,
mais próximo por muitos, muitos
anos. Esperamos que isso seja
verdade para sempre", disse recentemente Eric Schmidt, presidente do Google, a acionistas da
empresa.
De acordo com as pessoas ouvidas pelo "New York Times", uma
possível parceria da AOL com o
Google não envolveria a compra
direta de participação no portal,
mas sim um envolvimento maior
da AOL na venda de publicidade.
Outra possibilidade é que a
Comcast participe dessa parceria
entre AOL e Google. A operadora
de TV a cabo ofereceria acesso ao
conteúdo da AOL a seus assinantes de banda larga, que por sua vez
aumentariam a receita do portal
com publicidade.
Além disso, a Comcast poderia
fazer a migração de milhares de
assinantes da AOL para a banda
larga nas regiões dos Estados Unidos em que a operadora provê o
serviço. Em outras regiões do
país, a AOL já testa parcerias de
banda larga com as operadoras
Verizon, SBC e BellSouth.
Com o "New York Times"
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