São Paulo, terça-feira, 08 de novembro de 2005

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MERCADO FINANCEIRO

Mais uma vez leilão do BC não impediu recuo da moeda; Bovespa registra valorização de 0,21%

Dólar tem 6ª queda seguida e fecha a R$ 2,20

DA REPORTAGEM LOCAL

O Banco Central não se ausentou e realizou seu quase que diário leilão de compra dólares ontem. Mas a atuação, mais uma vez, mostrou-se insuficiente para deter a continuidade da apreciação do real. O dólar cravou sua sexta queda consecutiva e foi ao seu mais baixo patamar desde abril de 2001, ao fechar ontem a R$ 2,204 (baixa de 0,36%).
No mês, a moeda já caiu 2,17%.
Na mínima do dia, o dólar recuou a R$ 2,197 reais, em queda de 0,63%. Após a atuação do BC, no fim da tarde, o movimento perdeu um pouco de força.
Profissionais de tesourarias disseram que a autoridade monetária aceitou 14 propostas das instituições financeiras credenciadas, no que foi seu 22º leilão de compra de dólares desde a retomada dessas operações, no começo de outubro.
Além do consistente fluxo de recursos para o país -provenientes em grande parte de captações no exterior e dos saldos positivos da balança comercial-, grandes investidores não têm interesse em ver o real depreciado. Isso porque detêm muitos contratos nos quais apostam na baixa do dólar.
Analistas afirmam que o atual esquema de atuação do Banco Central no mercado de câmbio não irá conseguir reverter a tendência de apreciação do real. O Banco Central teria de voltar a realizar leilões de contratos de "swap cambial" a fim de tentar conter o movimento.
A Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo), que operava em baixa na última hora de pregão, acabou o dia em alta de 0,21%.
O resultado recorde registrado pelo Bradesco nos primeiros nove meses do ano deu impulso às ações de bancos que ainda não divulgaram seus balanços do terceiro trimestre.
A ação Unibanco Unit encerrou o dia com valorização de 3,69%, no topo das altas do pregão. O papel ON (ordinário) do Banco do Brasil subiu 3,09%.
O Bradesco anunciou ontem que teve lucro líquido de R$ 4,05 bilhões nos primeiros nove meses do ano, resultado nunca antes registrado pelo setor bancário.
No pregão da BM&F (Bolsa de Mercadorias & Futuros), apesar de o dia ter sido de fraca movimentação, as projeções para os juros caíram mais um pouco.
No contrato mais negociado, que vence em janeiro de 2007, a taxa recuou de 17,35% para 17,28% anuais.


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