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MERCADO FINANCEIRO
Mais uma vez leilão do BC não impediu recuo da moeda; Bovespa registra valorização de 0,21%
Dólar tem 6ª queda seguida e fecha a R$ 2,20
DA REPORTAGEM LOCAL
O Banco Central não se ausentou e realizou seu quase que diário leilão de compra dólares ontem. Mas a atuação, mais uma
vez, mostrou-se insuficiente para
deter a continuidade da apreciação do real. O dólar cravou sua
sexta queda consecutiva e foi ao
seu mais baixo patamar desde
abril de 2001, ao fechar ontem a
R$ 2,204 (baixa de 0,36%).
No mês, a moeda já caiu 2,17%.
Na mínima do dia, o dólar recuou a R$ 2,197 reais, em queda
de 0,63%. Após a atuação do BC,
no fim da tarde, o movimento
perdeu um pouco de força.
Profissionais de tesourarias disseram que a autoridade monetária aceitou 14 propostas das instituições financeiras credenciadas,
no que foi seu 22º leilão de compra de dólares desde a retomada
dessas operações, no começo de
outubro.
Além do consistente fluxo de recursos para o país -provenientes
em grande parte de captações no
exterior e dos saldos positivos da
balança comercial-, grandes investidores não têm interesse em
ver o real depreciado. Isso porque
detêm muitos contratos nos quais
apostam na baixa do dólar.
Analistas afirmam que o atual
esquema de atuação do Banco
Central no mercado de câmbio
não irá conseguir reverter a tendência de apreciação do real. O
Banco Central teria de voltar a
realizar leilões de contratos de
"swap cambial" a fim de tentar
conter o movimento.
A Bovespa (Bolsa de Valores de
São Paulo), que operava em baixa
na última hora de pregão, acabou
o dia em alta de 0,21%.
O resultado recorde registrado
pelo Bradesco nos primeiros nove
meses do ano deu impulso às
ações de bancos que ainda não divulgaram seus balanços do terceiro trimestre.
A ação Unibanco Unit encerrou
o dia com valorização de 3,69%,
no topo das altas do pregão. O papel ON (ordinário) do Banco do
Brasil subiu 3,09%.
O Bradesco anunciou ontem
que teve lucro líquido de R$ 4,05
bilhões nos primeiros nove meses
do ano, resultado nunca antes registrado pelo setor bancário.
No pregão da BM&F (Bolsa de
Mercadorias & Futuros), apesar
de o dia ter sido de fraca movimentação, as projeções para os
juros caíram mais um pouco.
No contrato mais negociado,
que vence em janeiro de 2007, a
taxa recuou de 17,35% para
17,28% anuais.
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