São Paulo, domingo, 08 de novembro de 2009

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Polêmica, mudança climática fica sem cifras

DO ENVIADO ESPECIAL À ESCÓCIA

Era uma reunião de ministros de Economia (e presidentes de BCs), mas o assunto que mais polêmica despertou foi mudança climática. Ou, mais exatamente, como financiar a adaptação do planeta a uma economia que emita menos carbono e ajudar os países pobres a enfrentar as consequências do aquecimento global.
Resultado final da polêmica: zero. Ou seja, nenhuma cifra. O comunicado promete apenas "mais trabalho sobre o financiamento da mudança climática", na expectativa de que seja possível levar algo para a reunião de Copenhague sobre o assunto, no mês que vem.
Alistair Darling, ministro britânico de Economia, explicou o resultado frustrante sobre mudança climática pelo fato de que muitos países preferem mostrar suas cartas apenas na hora da negociação decisiva, que será em Copenhague.
Outros temas mencionados no comunicado:
1) Estratégias de saída
Embora as condições econômicas tenham melhorado, "a recuperação é desequilibrada e permanece dependente de respaldo político" [leia-se: dinheiro público], e "o elevado desemprego é uma preocupação grande".
Consequência: "Concordamos em manter o respaldo para a recuperação até que esteja assegurada".
2) Regulação/supervisão/ remuneração do sistema financeiro
Valem as recomendações já formuladas pelo Conselho de Estabilidade Financeira (formado pelos presidentes dos principais bancos centrais). Mas nada será implementado até que "as condições financeiras melhorem e a recuperação econômica esteja assegurada".
Um primeiro pacote deverá ser detalhado até o fim de 2010, "com o objetivo de implementá-lo até o fim de 2012".
3) Instituições Financeiras Internacionais
O comunicado apenas reitera os prazos para a reforma do Fundo Monetário Internacional (janeiro de 2011) e do Banco Mundial (abril de 2010).
Não menciona o aumento no poder, em voz e voto, dos países emergentes e em desenvolvimento, já definido na cúpula de Pittsburgh.
4) Presidência
A presidência do G20 passa para a Coreia do Sul, em 2010, e para a França, em 2011. (CR)


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