|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Polêmica, mudança climática fica sem cifras
DO ENVIADO ESPECIAL À ESCÓCIA
Era uma reunião de ministros de Economia (e presidentes de BCs), mas o assunto que
mais polêmica despertou foi
mudança climática. Ou, mais
exatamente, como financiar a
adaptação do planeta a uma
economia que emita menos
carbono e ajudar os países pobres a enfrentar as consequências do aquecimento global.
Resultado final da polêmica:
zero. Ou seja, nenhuma cifra. O
comunicado promete apenas
"mais trabalho sobre o financiamento da mudança climática", na expectativa de que seja
possível levar algo para a reunião de Copenhague sobre o assunto, no mês que vem.
Alistair Darling, ministro
britânico de Economia, explicou o resultado frustrante sobre mudança climática pelo fato de que muitos países preferem mostrar suas cartas apenas
na hora da negociação decisiva,
que será em Copenhague.
Outros temas mencionados
no comunicado:
1) Estratégias de saída
Embora as condições econômicas tenham melhorado, "a
recuperação é desequilibrada e
permanece dependente de respaldo político" [leia-se: dinheiro público], e "o elevado desemprego é uma preocupação
grande".
Consequência: "Concordamos em manter o respaldo para a recuperação até que esteja
assegurada".
2) Regulação/supervisão/
remuneração do sistema financeiro
Valem as recomendações já
formuladas pelo Conselho de
Estabilidade Financeira (formado pelos presidentes dos
principais bancos centrais).
Mas nada será implementado
até que "as condições financeiras melhorem e a recuperação
econômica esteja assegurada".
Um primeiro pacote deverá
ser detalhado até o fim de 2010,
"com o objetivo de implementá-lo até o fim de 2012".
3) Instituições Financeiras Internacionais
O comunicado apenas reitera os prazos para a reforma do
Fundo Monetário Internacional (janeiro de 2011) e do Banco Mundial (abril de 2010).
Não menciona o aumento no
poder, em voz e voto, dos países
emergentes e em desenvolvimento, já definido na cúpula de
Pittsburgh.
4) Presidência
A presidência do G20 passa
para a Coreia do Sul, em 2010, e
para a França, em 2011.
(CR)
Texto Anterior: Para o FMI, dólar continua valorizado Próximo Texto: Frase Índice
|