São Paulo, sábado, 08 de dezembro de 2007

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Mercado Aberto

guilherme.barros@uol.com.br

Crescimento do PIB provoca "apagão de talentos" no país

A procura por executivos no Brasil aumentou 109% em agosto, setembro e outubro deste ano em relação a 2006, segundo pesquisa da DBM, consultoria especializada em gestão de pessoas em momento de transição. O levantamento abrange cargos como os de chefia intermediária, gerência, diretoria e até CEOs, na região Sudeste -principalmente Rio e São Paulo.
De janeiro a outubro, as companhias que mais contrataram executivos foram dos setores industrial, de serviços, de informática e de produtos de consumo. Juntas, respondem por 47,3% da demanda.
Apesar de os números serem positivos, analistas da DBM temem o chamado "apagão de talentos", que é a falta de executivos e de profissionais para assumir postos relevantes das empresas. Este "apagão" tende a afetar segmentos com previsão de crescimento, como áreas de investimento, private equity, agronegócios, fusões e aquisições, marketing e vendas voltadas para as classes C e D.
"Hoje já há várias empresas-chave que demandam mais executivos e talentos do que efetivamente conseguem localizar e contratar no mercado local", diz Claudio Garcia, diretor de relacionamento da DBM. "Como resposta, algumas vêm trazendo de volta ao país profissionais que foram expatriados nos anos ou décadas anteriores", diz. Outra tendência é a formação de talentos dentro das empresas, com pessoas até do ensino médio.
Cargos como diretor financeiro e CFO são os mais difíceis de ocupar. Segundo Garcia, isso acontece porque o perfil do mundo corporativo mudou, está mais exigente.
"As empresas estão demitindo e procurando profissionais com outro perfil, pessoas que saibam lidar com a globalização, trabalhar com adversidades e com estruturas enxutas", afirma.
Hoje, o diretor financeiro desejado não é só aquele que sabe controlar finanças, mas que também saiba fazer negócios.
O perigo do "apagão de talentos" já rondou o Brasil em outras ocasiões. No fim da década de 90, com o boom da internet, a área de tecnologia sentiu dificuldades para contratar.
No último ano, o setor naval foi afetado. Garcia prevê que, enquanto a atividade econômica estiver acelerada, haverá maior procura por profissionais especializados e um eminente risco do apagão.

Clínica italiana de cabelos inicia expansão no país

Com um ano de atuação no Brasil, a Cesare Ragazzi Company, organização italiana para estudo e tratamento capilar, prepara sua expansão para 2008. A idéia é abrir duas franquias no interior de São Paulo e em capitais como Curitiba, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, Brasília e Porto Alegre.
"Nosso sistema será interligado e os pacientes serão atendidos mesmo se estiverem viajando", diz Alessandro Corona, empresário italiano que trouxe o sistema ao Brasil. Segundo ele, no país, cerca de 40% dos pacientes são mulheres.

FESTA DO BEM
O Natal do Bem deste ano deve ser o maior em arrecadação. Pelo menos essa é a expectativa dos empresários João Dória Jr., Paulo Zottolo e Sergio De Nadai, trinca responsável pelo evento beneficente, que espera arrecadar R$ 3 milhões. As doações serão destinadas a cinco entidades -Instituto Pró-Queimados, Lar do Caminho, Ciam (Centro Israelita de Apoio Multidisciplinar), Projeto Velho Amigo e Apaf (Associação Paulista de Apoio à Família). Entre os doações de empresas parceiras estão um carro de R$ 170 da Chrysler, uma jóia Tiffany's e duas malas Louis Vuitton. A festa do Natal do Bem acontece na próxima terça-feira, no Terraço Daslu.

BENCHMARKING
Maximo Pacheco, presidente da International Paper, recebeu nesta semana, no Brasil, 60 gerentes gerais de todas as fábricas da companhia no mundo para a reunião anual da firma para discutir processo e eficiência do setor. É a primeira vez que a empresa realiza essa reunião no Brasil. Os 60 gerentes-gerais visitaram as fábricas de Mogi-Guaçu e Luís Antônio, em SP, e o projeto da nova unidade em Três Lagoas (MS). "O Brasil é considerado um "benchmarking" (modelo) na produção de papel no mundo", diz Pacheco.

NA ESTRADA
A General Motors do Brasil lança, na segunda, o livro "Para Ver e Amar o Brasil da Janela de um Chevrolet". À frente do projeto está José Carlos Pinheiro Neto, vice-presidente da GM do Brasil, que participou de uma expedição que teve a participação de cem jornalistas, que cruzaram o Brasil dirigindo mais de 22 mil quilômetros uma frota de seis veículos Chevrolet flex.

EM BAIXA
Sem fazer alarde, a Femsa tirou o nome Kaiser da cerveja Summer Draft.

CASAS BAHIA
A família Klein, dona da Casas Bahia, negou ontem que esteja negociando a venda da maior rede de eletrodomésticos e móveis do país. A informação foi veiculada pelo site da revista "Exame", segundo o qual as negociações teriam sido iniciadas há cerca de três meses.

PICADEIRO
A Gelateria Parmalat acaba de fechar contrato com o Cirque du Soleil para ser fornecedora oficial do evento no Brasil, estratégia que faz parte de seu novo pacote de marketing, que envolve inauguração de lojas, novas fachadas e criação de bebidas geladas à base de leite.

NO TEXAS
A Petrobras comprar sua primeira refinaria nos EUA. A companhia está negociando a compra dos 50% restantes da unidade de refino de Pasadena, no Texas. Desde 2006, a Petrobras é sócia do grupo belga Compagnie Nationale a Portefeuille na subsidiária Astra Oil Company com investimento, na época, de cerca de US$ 360 milhões. Com isso, a empresa brasileira terá 100% do controle. A operação deve ser aprovada em breve.

NA CONTA
A Loducca acaba de conquistar as contas da Companhia Müller de Bebidas e da Nextel.
com ISABELLE MOREIRA LIMA e JOANA CUNHA

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