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Mercado Aberto
guilherme.barros@uol.com.br
Crescimento do PIB provoca "apagão de talentos" no país
A procura por executivos no
Brasil aumentou 109% em
agosto, setembro e outubro
deste ano em relação a 2006,
segundo pesquisa da DBM,
consultoria especializada em
gestão de pessoas em momento
de transição. O levantamento
abrange cargos como os de chefia intermediária, gerência, diretoria e até CEOs, na região
Sudeste -principalmente Rio e
São Paulo.
De janeiro a outubro, as companhias que mais contrataram
executivos foram dos setores
industrial, de serviços, de informática e de produtos de consumo. Juntas, respondem por
47,3% da demanda.
Apesar de os números serem
positivos, analistas da DBM temem o chamado "apagão de talentos", que é a falta de executivos e de profissionais para assumir postos relevantes das
empresas. Este "apagão" tende
a afetar segmentos com previsão de crescimento, como áreas
de investimento, private
equity, agronegócios, fusões e
aquisições, marketing e vendas
voltadas para as classes C e D.
"Hoje já há várias empresas-chave que demandam mais
executivos e talentos do que
efetivamente conseguem localizar e contratar no mercado local", diz Claudio Garcia, diretor
de relacionamento da DBM.
"Como resposta, algumas vêm
trazendo de volta ao país profissionais que foram expatriados nos anos ou décadas anteriores", diz. Outra tendência é a
formação de talentos dentro
das empresas, com pessoas até
do ensino médio.
Cargos como diretor financeiro e CFO são os mais difíceis
de ocupar. Segundo Garcia, isso
acontece porque o perfil do
mundo corporativo mudou, está mais exigente.
"As empresas estão demitindo e procurando profissionais
com outro perfil, pessoas que
saibam lidar com a globalização, trabalhar com adversidades e com estruturas enxutas",
afirma.
Hoje, o diretor financeiro desejado não é só aquele que sabe
controlar finanças, mas que
também saiba fazer negócios.
O perigo do "apagão de talentos" já rondou o Brasil em outras ocasiões. No fim da década
de 90, com o boom da internet,
a área de tecnologia sentiu dificuldades para contratar.
No último ano, o setor naval
foi afetado. Garcia prevê que,
enquanto a atividade econômica estiver acelerada, haverá
maior procura por profissionais especializados e um eminente risco do apagão.
Clínica italiana de cabelos inicia expansão no país
Com um ano de atuação
no Brasil, a Cesare Ragazzi
Company, organização italiana para estudo e tratamento capilar, prepara sua
expansão para 2008. A idéia
é abrir duas franquias no interior de São Paulo e em capitais como Curitiba, Belo
Horizonte, Rio de Janeiro,
Brasília e Porto Alegre.
"Nosso sistema será interligado e os pacientes serão
atendidos mesmo se estiverem viajando", diz Alessandro Corona, empresário italiano que trouxe o sistema
ao Brasil. Segundo ele, no
país, cerca de 40% dos pacientes são mulheres.
FESTA DO BEM
O Natal do Bem deste ano deve ser o maior em arrecadação. Pelo menos essa é a expectativa dos empresários João
Dória Jr., Paulo Zottolo e Sergio De Nadai, trinca responsável pelo evento beneficente, que espera arrecadar R$ 3 milhões. As doações serão destinadas a cinco entidades -Instituto Pró-Queimados, Lar do Caminho, Ciam (Centro Israelita de Apoio Multidisciplinar), Projeto Velho Amigo e Apaf
(Associação Paulista de Apoio à Família). Entre os doações
de empresas parceiras estão um carro de R$ 170 da
Chrysler, uma jóia Tiffany's e duas malas Louis Vuitton. A
festa do Natal do Bem acontece na próxima terça-feira, no
Terraço Daslu.
BENCHMARKING
Maximo Pacheco, presidente da International Paper, recebeu nesta semana,
no Brasil, 60 gerentes gerais
de todas as fábricas da companhia no mundo para a
reunião anual da firma para
discutir processo e eficiência do setor. É a primeira vez
que a empresa realiza essa
reunião no Brasil. Os 60 gerentes-gerais visitaram as
fábricas de Mogi-Guaçu e
Luís Antônio, em SP, e o projeto da nova unidade em
Três Lagoas (MS). "O Brasil
é considerado um "benchmarking" (modelo) na produção de papel no mundo",
diz Pacheco.
NA ESTRADA
A General Motors do Brasil lança, na segunda, o livro
"Para Ver e Amar o Brasil da
Janela de um Chevrolet". À
frente do projeto está José
Carlos Pinheiro Neto, vice-presidente da GM do Brasil,
que participou de uma expedição que teve a participação
de cem jornalistas, que cruzaram o Brasil dirigindo
mais de 22 mil quilômetros
uma frota de seis veículos
Chevrolet flex.
EM BAIXA
Sem fazer alarde, a Femsa
tirou o nome Kaiser da cerveja Summer Draft.
CASAS BAHIA
A família Klein, dona da
Casas Bahia, negou ontem
que esteja negociando a venda da maior rede de eletrodomésticos e móveis do país.
A informação foi veiculada
pelo site da revista "Exame",
segundo o qual as negociações teriam sido iniciadas há
cerca de três meses.
PICADEIRO
A Gelateria Parmalat acaba de fechar contrato com o
Cirque du Soleil para ser fornecedora oficial do evento
no Brasil, estratégia que faz
parte de seu novo pacote de
marketing, que envolve
inauguração de lojas, novas
fachadas e criação de bebidas geladas à base de leite.
NO TEXAS
A Petrobras comprar sua
primeira refinaria nos EUA.
A companhia está negociando a compra dos 50% restantes da unidade de refino
de Pasadena, no Texas. Desde 2006, a Petrobras é sócia
do grupo belga Compagnie
Nationale a Portefeuille na
subsidiária Astra Oil Company com investimento, na
época, de cerca de US$ 360
milhões. Com isso, a empresa brasileira terá 100% do
controle. A operação deve
ser aprovada em breve.
NA CONTA
A Loducca acaba de conquistar as contas da Companhia Müller de Bebidas e da
Nextel.
com ISABELLE MOREIRA LIMA e JOANA CUNHA
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