São Paulo, sábado, 08 de dezembro de 2007

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Bolsa ensaia recorde, mas recua no final

EPAMINONDAS NETO
DA FOLHA ONLINE

A Bovespa chegou perto, ontem, de emplacar o 44º recorde em pontos do ano. Os investidores oscilaram entre ir às compras, movidos pelo desempenho positivo da cena externa, já que internamente nenhuma notícia influenciou os negócios, e a tradicional realização de lucros -venda de papéis muito valorizados.
O Ibovespa, principal índice da Bolsa, encerrou o pregão em baixa de 0,23% e cedeu para os 65.638 pontos. "Depois de subir por oito pregões consecutivos, perder isso é praticamente nada", disse Álvaro Bandeira, diretor da corretora Ágora.
Nos EUA, o índice Dow Jones teve leve alta de 0,04% na Bolsa de Nova York. O Nasdaq registrou perdas de 0,26%. O Departamento do Trabalho dos EUA divulgou dado sobre geração de postos de trabalho acima do previsto por analistas: 94 mil vagas, ante projeções de 85 mil. A taxa de desemprego se manteve em 4,7%.
Os setores de educação e serviços de saúde, varejo, serviços profissionais, além do setor público, destacaram-se na criação de empregos, compensando os resultados negativos nos setores de construção, manufaturas e serviços financeiros, mais atingidos pela crise do setor imobiliário e pela contração do crédito nos EUA.
À tarde, a Universidade de Michigan divulgou os resultados de sua sondagem mensal de opinião dos consumidores, com números mais pessimistas: o indicador que mede as expectativas de consumo dos cidadãos americanos ficou em 74,5, inferior à leitura de outubro (76,1) e levemente abaixo do estimado por analistas (75).
O clima do mercado global está um pouco menos pesado com o anúncio, anteontem, do programa americano para socorrer os devedores inadimplentes de hipotecas.
"O problema [dos créditos imobiliários] não será resolvido com o pacote, porém alivia boa parte do peso que recaía sobre o Fed [banco central dos EUA] para tentar resolver o imbróglio", diz Jason Vieira, economista-chefe da consultoria Uptrend.
O dólar comercial foi negociado a R$ 1,761 para venda, em declínio de 0,78%. O Banco Central manteve sua rotina de adquirir diariamente dólares no mercado doméstico e aceitou ofertas por R$ 1,7580 (taxa de corte).
O grande destaque da agenda econômica da semana que vem será a reunião do "Copom" americano, o comitê de política monetária do Fed. Na última semana, as Bolsas recuperaram parte do terreno perdido justamente em função da expectativa de que o Fed vá rebaixar os juros, hoje em 4,50% ao ano.


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