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Quebra na safra pressiona preço do arroz
DA AGÊNCIA FOLHA
Maior produtor de arroz
do país, o Rio Grande do
Sul pode deixar de plantar
cerca de 300 mil hectares
do grão neste ano, o que
provocaria queda de 3 milhões de toneladas na colheita em relação à última
safra, diz a Federação da
Agricultura do Estado.
Menos pessimista, a Federarroz (federação dos
arrozeiros gaúchos) afirma que 1 milhão de toneladas foi perdido até agora e
que parte da área alagada
ainda pode ser plantada
caso a chuva cesse em dezembro.
Com um terço dos campos e vales destinados à
produção alagado pelos
temporais que atingem o
Estado há mais de 30 dias,
os produtores contam
com a ajuda do tempo para
cumprir o limite do plantio, já estendido pelo Ministério da Agricultura do
dia 10 para o dia 20.
A pedido da Embrapa, o
governo estendeu o prazo
do zoneamento agrícola, o
que permite que o produtor espere dez dias a mais e
mantenha a cobertura do
seguro agrícola, atrelado
às normas do ministério.
Base econômica da metade sul do Estado, o arroz
gaúcho representa 63% da
produção nacional. A queda na produção "certamente" elevará os preços,
segundo o presidente da
Federarroz, Renato Rocha, o que pode compensar o menor volume colhido pelo produtor.
"Não me lembro de outro ano em que a dificuldade de plantar em razão da
chuva tenha sido tão forte.
Com a queda, a produção
deverá ser próxima ao volume necessário para
abastecer o mercado."
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