São Paulo, terça-feira, 09 de janeiro de 2007

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Após semana tensa, Bolsa se recupera e sobe 1,38%

Bovespa havia caído 5%, com temor sobre os EUA

FABRICIO VIEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL

Após ter tombado 5% na primeira semana de 2007, a Bovespa iniciou uma recuperação no pregão de ontem. Sem oscilações muito bruscas, a Bolsa de Valores de São Paulo encerrou as operações com valorização de 1,38%.
A movimentação financeira do pregão foi expressiva -R$ 3,23 bilhões, 32% acima da média diária de 2006-, o que dá maior consistência ao movimento de alta.
Ações que acabaram de estrear no Ibovespa -índice que reúne os 58 papéis de maior liquidez- estiveram entre os destaques de ganhos do pregão. Os papéis ordinários da Cosan e da Cyrela Realt tiveram valorizações de 4,93% e 4,79%, respectivamente.
As duas ações passaram a integrar o índice Ibovespa neste mês, em carteira que vai vigorar até abril. Entrar para o Ibovespa representa ganhar maior projeção e destaque na Bolsa.
Com o mercado internacional mais tranqüilo que na sexta, quando as Bolsas caíram em diferentes praças financeiras, a Bovespa operou em alta durante praticamente todo o pregão. No pior momento, registrou leve baixa de 0,24%, mas logo retomou a rota de alta.
Em Nova York, o índice Dow Jones subiu 0,21%.
A queda de 4,03% registrada pela Bovespa na sexta-feira refletiu as vendas mais pesadas feitas por investidores estrangeiros, avaliam profissionais do mercado financeiro. Essas vendas não estariam ligadas a uma mudança de percepção em relação ao mercado brasileiro, mas sim a uma realocação de recursos após o mau desempenho do mercado global na semana passada.
Ontem, esse movimento deu uma trégua, favorecendo a recuperação do mercado acionário doméstico.
Nos três primeiros dias do ano, as compras de ações feitas pelos investidores estrangeiros na Bovespa bateram as vendas em R$ 69,48 milhões. Já no dia 4, esse saldo ficou negativo em R$ 164 milhões.
O dólar registrou pequeno recuo de 0,09% e terminou o dia vendido a R$ 2,151.
Segundo pesquisa semanal elaborada pelo BC e divulgada ontem, os bancos projetam que o dólar estará em R$ 2,20 no fim de 2007, o que demonstra que a expectativa predominante é a de que a moeda não oscilará muito no ano.


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