DA REPORTAGEM LOCAL

O presidente da CSN (Companhia Siderúrgica Nacional), Benjamin Steinbruch, defendeu, ontem, o valor de 5,75 (R$ 14,70) por papel, oferecido em dezembro passado para comprar as ações da Cimpor (Cimentos de Portugal). Na quinta-feira, o conselho de administração da empresa portuguesa recusou a proposta, argumentando que a cimenteira estava sendo subavaliada.
"Observando o que ocorreu historicamente em outros negócios, pode-se ver que estamos sendo agressivos do ponto de vista do preço", afirmou Steinbruch à imprensa em Lisboa. O empresário volta a Portugal na próxima semana para negociar com os maiores acionistas da Cimpor, entre os quais há bancos, fundos de pensão e de investimento.
Ele rebateu o parecer do conselho -que classificou a iniciativa da CSN como hostil e recomendou aos detentores de participação na cimenteira a não vendê-la- dizendo não querer "fazer nada pouco transparente".
Segundo Steinbruch, lançar uma oferta pública foi "a melhor alternativa para falar com os acionistas de forma igual".
Pelo seu relato, o interesse da CSN pela Cimpor surgiu quando a cimenteira Lafarge lhe propôs vender a sua parte de 17% na empresa portuguesa, mas o empresário não informou quando isso aconteceu. "Estamos abertos a discutir a proposta com todos os interessados."


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