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MERCADO FINANCEIRO
Bovespa acompanha dólar e sobe 4,6%
da Reportagem Local
Depois de cair por quatro pregões consecutivos, a Bolsa de Valores de São Paulo voltou a ter forte alta, ontem.
O Ibovespa, principal índice de
preços do mercado, fechou com
valorização de 4,6%.
Boa parte dos analistas creditou
a alta ao movimento do dólar, que
subiu e fechou a R$ 1,92. Ou seja,
mais uma vez, teria havido uma
correção dos preços das ações em
relação à moeda norte-americana.
Desde que o governo deixou o
câmbio livre, a Bolsa subiu paulatinamente, em uma espécie de indexação ao dólar.
Como algumas empresas brasileiras têm ações negociadas no exterior, cada vez que o real cai, seu
preço no mercado interno fica
mais baixo do que no exterior. A
correção cambial permite um
ajuste das cotações interna e externa.
A alta também foi explicada pelo
vencimento de opções de ações.
As opções são uma espécie de
contrato futuro, em que duas partes -um comprador e um vendedor- fecham um negócio para
entrega de algo no futuro a um
preço estipulado.
Para quem comprou uma opção
de Ibovespa, interessa que o índice
suba em relação ao preço previamente acertado, assim, o comprador terá um ganho. Para quem
vendeu, vale o raciocínio inverso.
Então, os "comprados" costumam tentar puxar para cima o
Ibovespa no mercado à vista para
concretizar o seu ganho, o que,
aparentemente, aconteceu.
Além disso, dada a perda dos
"vendidos", já que o índice da
Bolsa acumulava forte alta, muitos
deles foram obrigados a comprar
ações no mercado à vista para
honrar seus compromissos, o que
também ajudou a puxar o índice.
O C-bond, principal título da dívida externa brasileiro, fechou cotado a 56,25% do seu valor de face,
inalterado em relação à sexta.
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