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ECONOMIA GLOBAL
PIB recua em três trimestres seguidos; retração de 12% nos investimentos faz PIB cair 1,2% no 4º trimestre
Japão registra a maior freada desde 1993
DA REDAÇÃO
O Japão entrou em 2001 na mais
prolongada e severa recessão das
últimas duas décadas. A economia do país recuou em três trimestres consecutivos. Nos últimos três meses do ano passado, a
queda foi de 1,2%.
Com os norte-americanos e alemães em recessão, o mundo assiste a uma rara queda sincronizada
das três maiores economias globais. Historicamente, quando um
bloco está em queda os outros
mantêm a atividade, compensando os efeitos negativos na economia mundial.
No ano como um todo, o PIB
(Produto Interno Bruto) japonês
encolheu 0,5%. A única vez em
que a economia do país havia caído três trimestres consecutivos foi
em 1993, quando as contrações ficaram em torno de 0,1% -menos intensas do que agora.
O governo adotou o atual modelo de cálculo do PIB em 1980.
Antes de 93 o país nunca tinha registrado quedas em dois trimestres consecutivos -a definição
mais comum de recessão.
O grande tombo ocorreu no
quarto trimestre do ano passado.
A queda foi puxada por uma intensa retração de 12% nos investimentos empresariais, a maior
desde que a estatística começou a
ser apurada, em 80.
A taxa anualizada de retração
nos últimos três meses de 2001 ficou em 4,5%. Isso significa que a
economia encolheria 4,5% em 12
meses se a atividade permanecesse no ritmo em que esteve no trimestre.
A forte desacelerada do último
trimestre ocorreu mesmo com o
reaquecimento da atividade econômica nos EUA, tradicional parceiro comercial dos japoneses e
principal comprador das exportações do país asiático.
"A retomada dos EUA não significa que todo o mundo vá se recuperar imediatamente", disse
Mamoru Yamazaki, economista
do Barclays Capital. "O impacto
deve começar a ser sentido no Japão na segunda metade do ano."
Entre as estatísticas divulgadas
ontem pelo governo japonês há
indicadores de que o pior talvez
tenha ficado para trás. Uma ligeira recuperação na atividade é esperada para o meio do ano.
Entre outubro e dezembro, os
gastos dos japoneses cresceram
1,9%. O dado é importante, porque um dos principais motivos da
desaceleração econômica é a estagnação do consumo.
Em janeiro, o consumo se expandiu em 0,8%, apesar do aumento no desemprego.
"Estou surpreso pelo aumento
dos gastos pessoais, mas não espero que esses números permaneçam sólidos", disse Seiji Shiraishi, da consultoria Daiwa Securities. Para ele, pode ter havia apenas uma compensação em relação ao recuo ocorrido em trimestres anteriores.
Com agências internacionais
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