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MERCADO FINANCEIRO
Vencimento de dívida cambial deve pressionar moeda nesta semana; ações da AmBev voltam a cair
Dólar sobe 0,17%, e Bovespa avança 0,53%
DA REPORTAGEM LOCAL
Sem notícias relevantes no cenário político, o mercado financeiro viveu um dia de negócios
sem sobressaltos. O dólar teve pequena alta de 0,17%, e a Bovespa
subiu 0,53%.
A informação que mais chamou
a atenção dos investidores foi o
resultado da inflação medida pelo
Dieese. O índice apontou deflação
em São Paulo no mês passado. Se
a inflação perde força, as chances
de retomada de cortes na taxa básica de juros aumentam. Com isso, as projeções das taxas de juros
recuaram na BM&F (Bolsa de
Mercadorias & Futuros).
O Copom (Comitê de Política
Monetária) se reúne na próxima
semana para definir o rumo da taxa básica de juros, hoje em 16,5%
anuais. Nas reuniões de janeiro e
fevereiro, o BC decidiu manter os
juros inalterados.
O vencimento de uma dívida
cambial nesta semana, de aproximadamente US$ 850 milhões,
ajudou a manter o dólar levemente pressionado. Habitualmente,
às vésperas de vencimentos de dívida cambial, o mercado tende a
puxar as cotações para cima para
melhorar seus ganhos.
O dólar fechou vendido a R$
2,876. Operadores de mesas de
câmbio apontaram uma saída de
aproximadamente US$ 250 milhões, que teria sido feita em nome da Embratel, como ponto importante para o valor da moeda
norte-americana ter subido diante do real ontem.
O risco-país brasileiro recuou e
voltou aos níveis registrados antes
da crise política gerada pelo caso
Waldomiro Diniz. Com o risco
mais calmo, analistas já falam em
uma retomada das captações de
recursos feitas por empresas e
bancos brasileiros no mercado internacional. Esse tipo de operação
financeira perdeu bastante fôlego
nas últimas semanas.
Em baixa
As ações da AmBev voltaram a
cair na Bolsa, na seqüência do
movimento negativo iniciado
após o anúncio do negócio fechado com a belga Interbrew. O papel
preferencial da AmBev fechou em
baixa 0,53% e ficou entre os cinco
mais negociados no pregão da
Bovespa. Na semana passada, essa ação teve perdas de 22,6%.
Quem ajudou a Bovespa a fechar em alta foi o papel preferencial da Telemar. Responsável por
quase 20% dos negócios realizados no pregão de ontem, a ação
teve ganho de 1,19%.
(FABRICIO VIEIRA)
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