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Redução da taxa Selic alivia pouco os juros cobrados do consumidor
DA REPORTAGEM LOCAL
Não adianta o consumidor se
empolgar com a redução da taxa
básica da economia. O impacto
do corte da Selic sobre os juros finais é bastante tímido.
Isso é o que mostra levantamento realizado pela Anefac (Associação Nacional dos Executivos de
Finanças, Administração e Contabilidade).
A pesquisa aponta que os juros
do empréstimo pessoal direto nas
financeiras está, na média, em
274,43% anuais. Com a redução
da Selic ontem de 17,25% para
16,50%, essa taxa iria a 272,42%.
"Os consumidores que dependem de crédito podem esperar,
daqui para frente, taxas menores.
Porém, terão de conviver ainda
com juros em patamares extremamente elevados", analisa, no
estudo, Miguel Ribeiro de Oliveira, vice-presidente da Anefac.
A associação fez uma simulação
tendo como exemplo uma geladeira, que custa R$ 800,00 se comprada à vista.
Antes do corte da Selic, se o consumidor optasse por pagar a geladeira em 12 vezes -taxa de juros
mensais de 6,15% ou 104,66% ao
ano- desembolsaria no final R$
1.154,52. Após a redução da Selic,
o consumidor gastaria R$ 1.151,40
(com taxas mensais de 6,10%) pelo mesmo produto. Ou seja, uma
economia de apenas R$ 3,12.
Para as empresas, a queda da taxa Selic também tem efeito pequeno. Na simulação da Anefac, o
capital de giro destinado às empresas tinha custo de 64,40% antes da redução da taxa básica, passando para 63,46% anuais.
No caso do disseminado cheque
especial, as taxas médias, que oscilavam em torno dos 157,76% ao
ano, vão agora para 156,33%
anuais.
Mas a queda das taxas na ponta
pode ser mais ou menos acentuada que o resultado do estudo, variando de uma instituição financeira para outra.
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