|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
CAMPO
Vendas externas atingem US$ 2,9 bilhões em fevereiro; importações crescem 15% e chegam a US$ 444 milhões
Exportações do agronegócio sobem 3,8%
FERNANDO ITOKAZU
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A balança comercial do agronegócio registrou em fevereiro exportações de US$ 2,887 bilhões,
alta de 3,8% em relação ao mesmo
mês no ano passado. É o maior
valor registrado na série histórica
de fevereiro. As importações aumentaram 15,4% e alcançaram
US$ 443,6 milhões. Com isso, o
superávit foi de US$ 2,443 bilhões,
também o melhor para fevereiro.
O recorde nas exportações foi
atingido mesmo com queda em
dois dos três principais grupos de
produtos vendidos pelo Brasil. O
complexo soja (grãos, farelo e
óleo) teve recuo de 3,2% em relação a fevereiro do ano passado; já
açúcar e álcool recuou 2,7%.
O complexo carnes, produto
mais vendido pelo Brasil nos dois
primeiros meses do ano, cresceu
6% e passou de US$ 527 milhões
para US$ 559 milhões. Mesmo
com a queda no preço médio de
3%, as receitas com carne bovina
"in natura" aumentaram de US$
140 milhões para US$ 154 milhões, já que houve um incremento de 13,7% nos embarques.
Já a carne de frango "in natura"
registrou queda na quantidade
exportada de 9,7%, mas, como os
preços foram 13% superiores aos
do ano passado, houve um aumento da receita de 2,6%.
Para o chefe do departamento
de comércio exterior da CNA
(Confederação da Agricultura e
Pecuária do Brasil), Antônio Beraldo, a queda nas exportações de
frango reflete a queda do consumo do produto na Europa, grande mercado do Brasil, por causa
da gripe aviária. A Abef (Associação Brasileira dos Produtores e
Exportadores de Frango) foi procurada, mas não se manifestou.
Outros produtos que também
contribuíram para o incremento
das exportações foram fumo
(22,4%), papel e celulose (18,3%),
couros (15%) e café (14%).
Apesar de registrar recordes, os
resultados da balança comercial
do agronegócio de fevereiro são
preocupantes, diz a CNA. "Há
uma redução do dinamismo das
exportações", disse Beraldo, citando o crescimento de 23,4% em
fevereiro de 2005 em comparação
com o mesmo mês de 2004.
Ele avalia que, na melhor das hipóteses, o Brasil igualará as exportações de 2005, de US$ 43,6 bilhões. Segundo o Cepea (Centro
de Estudos Avançados de Economia Aplicada), o Brasil triplicou o
volume dos produtos do agronegócio exportados entre 2000 e
2005, dobrando a receita.
Texto Anterior: Crise no ar: Participação da Varig segue abaixo de 20% Próximo Texto: Agronegócio: Gripe aviária já provoca demissões em SC Índice
|