São Paulo, quinta-feira, 09 de março de 2006

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Japoneses não garantem fábrica de semicondutores, diz consultor

EM SÃO PAULO

Não há, até o momento, compromisso do Japão em construir uma fábrica de semicondutores no Brasil. A afirmação é do consultor do sistema japonês de TV digital no Brasil, Murilo Pederneiras Filho.
De acordo com o que a Folha noticiou ontem, o governo se decidiu pelo padrão japonês, e um dos fatores que teriam pesado na decisão foi a expectativa de construção da fábrica, que envolveria investimentos de cerca de US$ 2 bilhões.
De acordo com Pederneiras, os japoneses enviaram ao governo brasileiro, anteontem, documento com a formalização de suas propostas, em que afirmam estarem dispostos a estudar a construção da fábrica em conjunto com as autoridades. Mas não houve compromisso, além disso, até o momento.
O consultor destaca que a construção de uma fábrica de semicondutores é decisão muito complexa, que envolve questões tributárias e, sobretudo, de escala de produção. Ninguém pode tomar esta decisão de um momento para outro", afirmou.

Assinatura
O documento foi assinado pela Arib, uma entidade que representa os fabricantes de equipamentos de transmissão, os fabricantes de televisores e os radiodifusores japoneses.
A Arib, segundo o consultor, além da diretoria executiva, possui uma diretoria simbólica presidida pela Nec Corporation, e que tem a Panasonic na vice-presidência.
Além da entidade, quatro fabricantes japoneses estão especialmente empenhados nas negociações com o Brasil: a Nec Corporation -que já teve as Organizações Globo como sócia na sua subsidiária Nec do Brasil-, Sony, Panasonic e Toshiba.

Compromisso
A Nec, ainda segundo o consultor brasileiro, tem interesse na discussão como fornecedor de transmissores digitais, e firmou compromisso com o governo de transferir tecnologia a fabricantes no Brasil. Ela não possui fábricas no Brasil, porque terceirizou a atividade, a exemplos de outras indústrias.
Os japoneses confirmam a oferta de uma linha de financiamento de US$ 500 milhões aos radiodifusores no Banco Japonês de Cooperação Internacional, para a implantação do sistema digital.


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