São Paulo, terça-feira, 09 de março de 2010

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Bolsa recua 0,39% em dia instável nos mercados

Dólar sobe 0,06% e termina sessão vendido a R$ 1,788

TONI SCIARRETTA
DA REPORTAGEM LOCAL

Sem força para definir um rumo consistente, a Bolsa iniciou ontem a semana com baixa de 0,39% no Ibovespa, principal índice do mercado acionário nacional. O dia foi marcado por instabilidade, com os preços de algumas das principais ações alternando altas e baixas.
A Bolsa brasileira chegou a passar de 69 mil pontos no Ibovespa, mas não resistiu até o final do dia, fechando aos 68.575 pontos. Na dúvida sobre a tendência dos negócios nos próximos dias, investidores preferiram embolsar os ganhos obtidos na semana passada, considerada uma das mais positivas do ano.
Nos EUA, a Bolsa de Nova York terminou a sessão de negócios com baixa de 0,13% no índice Dow Jones. A Nasdaq fechou ontem com alta de 0,25%.
No mercado de câmbio, o dólar comercial segue abaixo de R$ 1,80. Ontem, a moeda terminou os negócios vendida a R$ 1,788, com leve alta de 0,06% em relação a sexta-feira.
Para Miriam Tavares, diretora da corretora de câmbio AGK, a agenda de indicadores da semana não deve ter força suficiente para alterar o humor dos analistas em relação à recuperação da economia dos EUA ou à crise fiscal na Europa. Em sua avaliação, se o cenário atual não se modificar, o dólar deve oscilar entre R$ 1,75 e R$ 1,85 nas próximas semanas. "Para nossos clientes, a recomendação é que comprem se a cotação descer a R$ 1,77. Não vemos força para cair muito além disso neste momento. Também não acreditamos que possa subir muito mais de R$ 1,80", disse.
Para Sidnei Nehme, diretor da corretora NGO, o dólar não deve se sustentar muito abaixo de R$ 1,80. Ele diz que, se essa tendência fosse sustentável, os bancos estariam apostando com força no recuo do dólar.
No mercado de juros, as taxas mais longas seguem recuando com a expectativa de aumento de juros já em março, especialmente após as projeções de inflação de 4,99% no IPCA. Na visão dos analistas, quanto mais cedo o BC iniciar o aumento dos juros básicos, mais rapidamente terá controle da inflação, abrindo espaço para reduzir as taxas logo depois.
Os juros projetados para janeiro de 2012 recuaram de 11,56% para 11,52%. Já nas taxas curtas para outubro deste ano desceram em ritmo menor -de 9,90% para 9,88%.


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