São Paulo, sexta-feira, 09 de abril de 2004

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

AVIAÇÃO

Desempenho negativo foi de R$ 1,8 bi no ano passado

Varig reduz prejuízos, mas tem o pior resultado da América Latina

SÉRGIO RIPARDO
DA FOLHA ON LINE

A Varig registrou em 2003 um prejuízo de R$ 1,836 bilhão, o pior resultado da América Latina, segundo a consultoria Economática. Os dados foram divulgados ontem pela Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo).
Em dólares, o prejuízo da Varig soma US$ 636 milhões, calculou a Economática. No ranking das maiores perdas da América Latina, a empresa é seguida pelas mexicanas Lusacell (US$ 419 milhões) e Corp Durango (US$ 291 milhões) e pela holding industrial argentina Comercial del Plata (US$ 224 milhões).
Em 2002, o prejuízo da Varig havia sido 36% maior (R$ 2,867 bilhões). A companhia aérea fechou o ano passado com um patrimônio negativo de R$ 6,356 bilhões. Em 2003, a receita líquida totalizou R$ 7,949 bilhões, um aumento de 13,8% na comparação com o resultado do ano anterior. Os números do balanço foram considerados pela empresa como "um marco" em sua recuperação.
"Embora ainda enfrente inúmeras dificuldades -grande parte delas devidas a seus compromissos financeiros-, o documento mostra uma companhia operacionalmente rentável, depois de um ano dedicado à implantação de profunda reestruturação financeira, operacional e organizacional", diz nota divulgada ontem pela empresa.
A redução no prejuízo da companhia aérea ocorreu, principalmente, devido ao compartilhamento de vôos com a TAM, desde março do ano passado, e das restrições impostas pelo DAC (Departamento de Aviação Civil) à oferta de vôos no Brasil.
A queda na oferta dos vôos domésticos, segundo o órgão, foi de 11,1% em 2003 em relação a 2002.
Apesar do prejuízo menor, a Varig atrasou as parcelas do Refis, programa de parcelamento de débitos tributários, no qual renegociou US$ 1,1 bilhão, referentes a janeiro e março. A companhia também atrasou parte dos salários de março. A aérea afirmou, através de sua assessoria de imprensa, que quitará o atraso nos salários até 16 de abril.
As companhias aéreas tiveram em março ocupação de 57% dos seus assentos em vôos domésticos, mesmo percentual do mesmo mês do ano passado.


Colaborou a Reportagem Local


Texto Anterior: Trecho
Próximo Texto: Guerra das cervejas: Conar proíbe a Brahma de veicular publicidade com Zeca Pagodinho
Índice


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.