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AVIAÇÃO
Desempenho negativo foi de R$ 1,8 bi no ano passado
Varig reduz prejuízos, mas tem o pior resultado da América Latina
SÉRGIO RIPARDO
DA FOLHA ON LINE
A Varig registrou em 2003 um
prejuízo de R$ 1,836 bilhão, o pior
resultado da América Latina, segundo a consultoria Economática. Os dados foram divulgados
ontem pela Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo).
Em dólares, o prejuízo da Varig
soma US$ 636 milhões, calculou a
Economática. No ranking das
maiores perdas da América Latina, a empresa é seguida pelas mexicanas Lusacell (US$ 419 milhões) e Corp Durango (US$ 291
milhões) e pela holding industrial
argentina Comercial del Plata
(US$ 224 milhões).
Em 2002, o prejuízo da Varig
havia sido 36% maior (R$ 2,867
bilhões). A companhia aérea fechou o ano passado com um patrimônio negativo de R$ 6,356 bilhões. Em 2003, a receita líquida
totalizou R$ 7,949 bilhões, um aumento de 13,8% na comparação
com o resultado do ano anterior.
Os números do balanço foram
considerados pela empresa como
"um marco" em sua recuperação.
"Embora ainda enfrente inúmeras dificuldades -grande parte
delas devidas a seus compromissos financeiros-, o documento
mostra uma companhia operacionalmente rentável, depois de
um ano dedicado à implantação
de profunda reestruturação financeira, operacional e organizacional", diz nota divulgada ontem
pela empresa.
A redução no prejuízo da companhia aérea ocorreu, principalmente, devido ao compartilhamento de vôos com a TAM, desde
março do ano passado, e das restrições impostas pelo DAC (Departamento de Aviação Civil) à
oferta de vôos no Brasil.
A queda na oferta dos vôos domésticos, segundo o órgão, foi de
11,1% em 2003 em relação a 2002.
Apesar do prejuízo menor, a
Varig atrasou as parcelas do Refis,
programa de parcelamento de débitos tributários, no qual renegociou US$ 1,1 bilhão, referentes a
janeiro e março. A companhia
também atrasou parte dos salários de março. A aérea afirmou,
através de sua assessoria de imprensa, que quitará o atraso nos
salários até 16 de abril.
As companhias aéreas tiveram
em março ocupação de 57% dos
seus assentos em vôos domésticos, mesmo percentual do mesmo mês do ano passado.
Colaborou a Reportagem Local
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