DA REPORTAGEM LOCAL

A BrT (Brasil Telecom) é a operadora de telefonia fixa que atua nas regiões Centro-Oeste e Sul. Foi criada em 1998, com a venda do Sistema Telebrás.
Fundos de pensão (por meio de um fundo de investimentos hoje chamado FIA), Citigroup e Opportunity associaram-se à Telecom Italia. Juntos, ganharam o leilão para a aquisição da Brasil Telecom.
A partir de 2001, as disputas entre os sócios ficaram acirradas. Fundos de pensão aliaram-se à Telecom Italia para afastar o Opportunity, que contava com o respaldo do Citi, da administração da BrT.
No ano passado, os acionistas mudaram de par. O Citigroup abandonou o Opportunity e uniu-se aos fundos de pensão.
Desconfiada de que os fundos faziam gestões ocultas para vender a BrT para a Telemar, outra operadora brasileira na qual têm participação, a Telecom Italia fechou com o Opportunity.
A Telemar negou várias vezes ter feito ofertas pela BrT, já que a lei brasileira não permite que o mesmo grupo administre duas operadoras de telefonia fixa.
Em 2005, fundos e Citi passaram a administrar a BrT. O preço das ações chegou a cair 16% desde então. Os atuais gestores culpam os antigos por esqueletos e fraudes. Eles retrucam que é incompetência.
A Telecom Italia é apontada no mercado como compradora natural do controle da BrT, porque já é acionista da empresa. Mas os fundos não descartam a possibilidade de vender sua parte para outros, ou mesmo permanecer na operadora.
Em meio ao imbróglio jurídico-societário, e como concessionária pública, a BrT tem de lidar com o cenário político.
A CPI dos Correios aprovou relatório que aponta a BrT como uma das fontes do mensalão. Alguns dos sócios da BrT são patrocinados por estatais e comandados por sindicalistas ligados ao PT. No governo FHC, tucanos dominavam os fundos.


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