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Inflação nos EUA e ata do Fed são foco da semana
No Brasil, destaque é a divulgação do IPCA de março
DA REPORTAGEM LOCAL
Como tem sido nas últimas
semanas, o mercado terá na
apresentação de dados da economia norte-americana seu
principal foco de atenções nos
próximos dias.
Dados de inflação e do setor
imobiliário e a ata da última
reunião do Fed (Federal Reserve, o BC dos EUA) estão na
agenda da semana.
O mercado global tem oscilado ao sabor dos números da
maior economia do mundo.
Se a economia norte-americana começar a consolidar um
cenário de inflação sob controle e aquecimento econômico
baixo, crescerão as chances de
os juros serem reduzidos no
país o mais breve possível. Os
mais otimistas contam com um
corte na taxa básica dos EUA na
reunião do Fed que será realizada em junho.
Em seu último encontro, no
mês passado, o Fed fez o que se
esperava e manteve a taxa básica de juros do país em 5,25%
anuais. A última vez que a autoridade monetária americana
subiu os juros foi em sua reunião de julho do ano passado.
A ata do Fed, que será divulgada na quarta-feira, trará explicações para o fato de os juros
terem sido mantidos em 5,25%.
Qualquer sinalização de que há
chances de a taxa cair no curto
prazo vai animar o mercado
financeiro.
No término de sua última
reunião, os dirigentes do Fed
divulgaram uma nota que deixou os investidores mais otimistas em relação a um possível corte nos juros em um futuro próximo.
Preços ao produtor
Na sexta-feira, acontecerá a
divulgação do PPI (índice de inflação ao produtor norte-americano, na sigla em inglês) de
março. Em fevereiro, o indicador de preços ficou bem acima
do esperado (alta de 1,3%) e desagradou aos mercados.
A expectativa é a de que o PPI
tenha registrado alta em torno
de 0,6% no mês passado. Em janeiro, esse índice de preços teve deflação de 0,6%.
Na quarta, dados a serem
apresentados pela Associação
de Bancos de Hipoteca dos
EUA (MBA, na sigla em inglês)
podem mexer com o humor dos
investidores. Após o problema
com os financiamentos hipotecários de segunda linha (conhecidos nos EUA como "subprimes"), o mercado está ainda
mais sensível a cada novo dado
do setor imobiliário.
"A semana traz uma agenda
de indicadores econômicos
bastante relevante. O destaque
interno fica com a divulgação
do IPCA de março, e no cenário
externo os destaques serão a divulgação da ata da última reunião do Fed e o índice de preços
ao produtor americano", afirma a Link Corretora.
Inflação nacional
Por aqui, analistas e investidores conhecerão o resultado
do IPCA de março na próxima
quarta-feira. A expectativa do
mercado é que a taxa mostre alta de 0,4%.
O IPCA (Índice de Preços ao
Consumidor Amplo), divulgado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), acaba por ser o indicador de
preços mais acompanhado do
país, pois é baseado nele que o
Banco Central acompanha a
meta de inflação oficial.
Segundo o último boletim
Focus -pesquisa semanal feita
pelo BC junto a cem instituições financeiras-, o IPCA deve
acumular alta de 3,86% em
2007. No ano passado, o índice
registrou inflação de 3,14%, a
menor taxa desde 1998.
Dificilmente o IPCA deve
surpreender o mercado a ponto
de agitar as operações nas Bolsas e no câmbio.
Em fevereiro, o IPCA subiu
0,44%, principalmente devido
a reajustes de matrículas e de
mensalidades escolares.
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