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Oferta de serviços de terceira geração de celulares vai atrasar
TCU está analisando resultado do leilão feito em dezembro pela Anatel; enquanto análise não for concluída, contratos com operadoras não serão assinados
HUMBERTO MEDINA
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A oferta de serviços de terceira geração da telefonia celular,
que deveria começar neste
mês, vai atrasar. O TCU (Tribunal de Contas da União) analisa
o resultado do leilão feito em
dezembro pela Anatel (Agência
Nacional de Telecomunicações) e, enquanto essa análise
não for concluída, os contratos
com as operadoras de celular
não podem ser assinados.
Em dezembro do ano passado, a agência reguladora vendeu, em leilão, mais faixas de
freqüência para as operadoras
de telefonia móvel. O objetivo
era que as empresas pudessem
oferecer os serviços conhecidos
como 3G -acesso à internet em
banda larga e transmissão de
vídeo, por exemplo.
A venda das faixas de freqüência rendeu ao governo R$
5,33 bilhões -ágio de 86,67%
em relação ao preço mínimo.
Os principais compradores foram as empresas TIM, Claro,
Vivo e Oi. Ao anunciar o resultado, a Anatel estimou que os
contratos de autorização para
uso das faixas seriam assinados
em janeiro e, nos principais
centros urbanos (onde já existe
infra-estrutura), os serviços 3G
deveriam começar a ser oferecidos neste mês.
O atraso em relação ao cronograma previsto começou na
própria Anatel -o resultado do
leilão só foi homologado em 25
de março. O TCU informou que
tem prazo de até 45 dias para
analisar o edital do leilão, o próprio processo de venda e os
contratos. O prazo começou a
contar na data da homologação
do resultado, mas o tribunal
poderá concluir sua análise antes disso.
Embora as empresas de telefonia já utilizem a denominação 3G em propagandas, a oferta de serviços ainda não está integralmente disponível.
O ministro Hélio Costa (Comunicações) esteve no TCU na
segunda-feira e sinalizou que
poderá conversar com o tribunal para tentar maior rapidez
na liberação dos contratos com
as operadoras de celulares.
Ainda neste ano, a Anatel deverá licitar mais uma faixa de
freqüência ("banda H") para
oferta de serviços 3G pelas operadoras de celulares.
Com o oferecimento de serviços 3G, o governo espera que
haja aumento da competitividade no acesso à internet em
banda larga. A expectativa é
que haja concorrência entre o
serviço das operadoras de telefonia fixa (ADSL) e com a Net.
Com o atraso na assinatura
dos contratos da telefonia celular 3G, também fica prejudicado o cronograma para universalização dos serviços de telefonia celular no país. Pelas regras
do leilão de dezembro, as operadoras que compraram faixas
de freqüência ficaram obrigadas a oferecer telefonia celular
em municípios que hoje não
contam com o serviço.
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