São Paulo, quinta-feira, 09 de maio de 2002

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O VAIVÉM DAS COMMODITIES

De olho nos EUA
O plantio da safra deste ano está atrasado nos EUA em relação aos anos anteriores. Ao contrário do que ocorreu no Brasil nas últimas semanas, houve excesso de chuva nas principais regiões produtoras norte-americanas, o que impede a entrada das máquinas no campo.

Ruim para o Brasil
Se o atraso persistir, os agricultores norte-americanos deixarão de plantar o milho, que pode perder o tempo ideal de plantio e ter produtividade menor. Se isso ocorrer, os produtores vão trocar o milho pela soja, que tem perda menor de produtividade. A produção mundial de soja seria maior, achatando os preços.

Cafezinho na China
O mercado chinês seria o ideal para os produtores mundiais de café. É grande e absorveria o correspondente a uma nova safra mundial se, num passe de mágica, todos os chineses passassem a tomar café. A realidade, porém, é bem diferente.

Olimpíadas ajudam
Guilherme Braga, do Cecafé, diz que a entrada dos chineses no mercado de café será difícil e demorada. Eventos que coloquem o povo chinês em contato com o café, no entanto, são importantes. As Olimpíadas de 2008 serão um grande evento a gerar necessidade de café no país asiático, diz ele.

Recursos para pequenos
O Banagro (Banco do Agronegócio Familiar) vai colocar recursos para a aquisição de máquinas agrícolas e para outros projetos durante a Feicorte, em junho, em São Paulo. O programa atende a pequenos produtores a juros de 4% ao ano.

Acordo bilateral
O governo da Armênia e a Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo assinaram ontem convênio para a realização de pesquisas conjuntas na área do agronegócio. A fruticultura está incluída nos negócios.

Troca de uvas
O primeiro acordo é a troca de mudas de uva. O Estado de São Paulo tem interesse nas variedades da Armênia -resistentes ao frio de 20C no inverno e ao calor de 40C no verão. Em oito anos, São Paulo deverá comercializar essa nova variedade.

Embalagens
No dia 31 deste mês entra em vigor a legislação federal que obrigará os produtores agrícolas a devolver os recipientes vazios de defensivos agrícolas até um ano após a compra. A devolução deverá ser feita para que as embalagens não contaminem o ambiente ou para que não sejam reutilizadas.

Unidades de recebimento
Indústrias do setor se reuniram e criaram o Instituto Nacional de Embalagens Vazias para coleta e destinação final dessas embalagens. Até o final deste mês serão criadas 54 unidades de recebimento. No final do ano, somarão 92 unidades. Os investimentos serão de US$ 25 milhões.

Boi recupera
A arroba de boi gordo teve pequena melhora de preços no mercado físico de São Paulo. Em algumas praças, a arroba subiu R$ 0,50. Na média está a R$ 41,50. Alguns frigoríficos saíram do mercado devido às vendas fracas.

e-mail: mzafalon@folhasp.com.br



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