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São Paulo, sexta-feira, 09 de maio de 2003

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MERCADO FINANCEIRO

Queda do dólar valoriza ações de empresas de energia, endividadas na moeda; Ibovespa cai 0,27%

Bolsa realiza lucro, mas elétricas sobem

DA REPORTAGEM LOCAL

A queda das Bolsas dos Estados Unidos e a realização de lucros fizeram o Ibovespa fechar em baixa de 0,27%, aos 12.920 pontos. Segundo analistas, depois da alta de 2,47% anteontem, quando o índice fechou no maior nível do ano, era esperado que alguns investidores vendessem seus papéis para embolsar os lucros, o que levaria a Bolsa a cair.
Nos EUA, a Nasdaq (Bolsa eletrônica de ações de empresas de tecnologia) fechou com baixa de 1,13%. O índice Dow Jones, da Bolsa de Nova York, caiu 0,81%.
O destaque do pregão foram as empresas de energia. O índice que mede a variação das ações do setor fechou em alta de 2,4%.
Como essas empresas têm um grande volume de dívidas em dólar, a queda na cotação da moeda norte-americana observada nos últimos meses faz seu endividamento diminuir significativamente.
Os maiores destaques foram as ações PNB da Eletrobras, que se valorizaram em 4,8%. Em seguida vieram as ações preferenciais da Cesp, com alta de 4,5%, e as PNBs da Copel, que subiram 4,1%.
Rumores de que os resultados do primeiro trimestre da Telesp (Telefônica) virão abaixo do esperado pelos analistas fizeram as ações preferenciais da empresa fecharem em baixa de 2,6%. Segundo eles, a empresa deve aproveitar seus recursos para diminuir seu endividamento.

Juros
A divulgação anteontem de que a inflação está no menor nível dos últimos dez meses continuou a derrubar as taxas dos contratos de juros negociados na BM&F (Bolsa de Mercadorias & Futuros).
Segundo a Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas), os preços subiram 0,57% em abril em São Paulo. Como o número veio abaixo da previsão de alguns analistas, aumentou no mercado a expectativa de que o Copom (Conselho de Política Monetária do Banco Central) reduza os juros na sua próxima reunião.
Nos últimos dois dias, o contrato DI (que consideram os juros praticados entre bancos) que vence em outubro acumula queda de 1,57% na sua taxa de juros. As taxas anuais passaram de 24,86% na terça-feira para 24,47%.
Os juros dos contratos com vencimento em janeiro de 2004 passaram de 24,21% ao ano para 23,58% ontem -queda de 2,60%.
(GEORGIA CARAPETKOV)


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