DO "FINANCIAL TIMES"

Os EUA e a Europa estão unidos pelo desejo de que o dólar ganhe força diante do euro, segundo importantes funcionários das regiões.
As autoridades receberam bem a recuperação do dólar, que anteontem atingiu a mais alta cotação diante do euro em seis semanas. A preocupação é com a atenção dada pelos mercados de câmbio às dificuldades econômicas de curto prazo e ao desgaste dos mercados dos EUA, disse um importante funcionário em Washington.
Autoridades da zona do euro acreditam que o câmbio tenha atingido níveis desvantajosos para EUA e Europa e os dois lados querem evitar que o dólar caia demais antes de se recuperar. Movimentos cambiais abruptos como esses podem alimentar instabilidade nos mercados financeiros.
Funcionários importantes também querem evitar a possibilidade de que a fraqueza do dólar reforce ainda mais a alta do petróleo. Eles não consideram o dólar causa importante da alta, mas concordam que a fraqueza da moeda contribuiu para a força do barril, que fechou ontem em novo recorde, a US$ 123,69 em Nova York.
Os EUA estão longe de concordar com intervenção no câmbio, posição mais popular na Europa. Mas ambos acreditam que fundamentos e políticas dos BCs estejam se voltando a uma posição de mais força para o dólar.
Ontem Banco Central Europeu e Banco da Inglaterra mantiveram o juro anual em 4% e 5%, respectivamente.


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