São Paulo, sexta-feira, 09 de maio de 2008

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País lidera investimento estrangeiro na região

Fluxo no Brasil foi de US$ 34,6 bi em 2007, diz Cepal

DA REDAÇÃO

DA EFE O Brasil foi o país da América Latina que mais recebeu investimento estrangeiro direto (IED) no ano passado, com quase US$ 35 bilhões, superando o México, que liderou o ranking de 2006, segundo a Cepal (Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe).
O investimento estrangeiro no país cresceu 84% em 2007 em relação ao ano anterior e totalizou US$ 34,59 bilhões. O México recebeu US$ 23,23 bilhões, seguido por Chile, com US$ 14,46 bilhões, e Colômbia, com US$ 9,03 bilhões. Os investimentos no Brasil representaram quase um terço dos realizados na América Latina, US$ 105,93 bilhões.
Os números do IED no Brasil ficaram abaixo do projetado pela Unctad (Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento) no início de janeiro. A entidade da ONU estimava um crescimento de 99%, totalizando US$ 37,4 bilhões.
Pela primeira vez na história os investimentos do exterior nos países latino-americanos superaram os US$ 100 bilhões, de acordo com a Cepal. A entidade atribuiu o desempenho ao crescimento da região e à manutenção da demanda por recursos naturais dos países em desenvolvimento.
Em 2007, o IED na América Latina superou o recorde de US$ 89 bilhões de 1999, montante fortemente influenciado pelos processos de privatizações em vários países na década de 90, de acordo com o relatório. Segundo a Cepal, o aumento dos investimentos na região entre 2006 e 2007 foi de 46%. Os principais investidores na região foram Estados Unidos, Holanda e Espanha.
Por outro lado, a Cepal informou que os fluxos de investimentos da América Latina e do Caribe para outras regiões do mundo diminuíram no ano passado para US$ 20,619 bilhões, depois de terem alcançado US$ 42 bilhões em 2006. A queda foi atribuída à ausência de um grande negócio, como a compra da canadense Inco pela Vale, realizada há dois anos e que envolveu cerca de US$ 15 bilhões.
Em relação ao PIB (Produto Interno Bruto), e sem considerar os centros financeiros do Caribe, os maiores receptores foram Panamá, Chile e quatro países da América Central: Honduras, Costa Rica, El Salvador e Nicarágua.


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