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Protesto paralisa refinarias no país
DA AGÊNCIA FOLHA
A greve de 24 horas deflagrada
ontem pelos petroleiros atingiu as
principais refinarias e terminais
do país. A ação foi orientada pela
FUP (Federação Única dos Trabalhadores), que determinou a paralisação dos funcionários da Petrobras a partir da 0h de ontem.
A categoria reivindica que a empresa cumpra o acordo de trabalho assinado em novembro passado, em que estavam previstas negociações de plano de cargos e salários, a previdência privada dos
funcionários e a participação nos
lucros e resultados.
A adesão foi de 80% do pessoal
do setor operacional e de 70% dos
trabalhadores da área administrativa das unidades da Petrobras no
litoral paulista, segundo o sindicato da categoria.
Pela manhã, houve corte da rendição do turno na refinaria Presidente Bernardes, em Cubatão, e
nos terminais marítimos da Alemoa (Santos), de Pilões (Cubatão) e de São Sebastião. A Petrobras possui 1.300 funcionários no
litoral de São Paulo.
No Rio Grande do Sul, os funcionários da refinaria Alberto
Pasqualini, em Canoas, paralisaram suas atividades às 7h30.
Não houve troca de turno nas
refinarias nem nos terminais de
distribuição. Segundo o presidente do sindicato dos petroleiros do
Estado, Dary Beck Filho, não haveria problemas de abastecimento, pois os estoques são suficientes
para 24 horas.
Os funcionários da Petrobras
no Espírito Santo também paralisaram as atividades. Segundo o
sindicato, cerca de 50% dos trabalhadores de Vitória, responsáveis
pelo departamento administrativo, aderiram ao movimento.
No norte do Estado, segundo o
sindicato, praticamente 100% dos
petroleiros que trabalham em
campo suspenderam as atividades. A Petrobras tem cerca de 800
petroleiros atuando no Espírito
Santo, e a produção diária de petróleo no Estado está estimada em
100 mil barris/dia.
Os petroleiros que trabalham na
Bahia aproveitaram a paralisação
nacional para fazer dois protestos.
Pela manhã, a categoria organizou piquetes em frente às principais unidades da Petrobras no Estado -a refinaria Landulpho Alves e o prédio administrativo da
empresa, em Salvador.
À tarde, os petroleiros fizeram
mais uma manifestação, em Mataripe (região metropolitana de
Salvador). Segundo a categoria, a
greve teve a participação de 80%
dos petroleiros que trabalham no
Estado. A Petrobras informou
que a paralisação foi parcial.
Os cerca de 37 mil funcionários
da Petrobras ameaçam entrar em
greve a partir de 5 julho. A paralisação, que deve durar cinco dias,
dará continuidade ao movimento
iniciado ontem.
(TIAGO ORNAGHI, FAUSTO SIQUEIRA E LUIZ FRANCISCO)
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