|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
MERCADO FINANCEIRO
Crise política vai para segundo plano; Bovespa tem queda de 1,3%, e dólar fecha cotado a R$ 2,462
Fuga de estrangeiro faz Bolsa cair mais
DA REPORTAGEM LOCAL
Com a falta de novidades, o
mercado jogou para segundo plano a crise política. Somente a Bovespa seguiu em terreno negativo
e fechou em baixa.
Mas, afirmam operadores, a
Bolsa de Valores de São Paulo segue mais punida pela venda de
ações por investidores estrangeiros do que por qualquer outro
evento.
As declarações do tesoureiro do
PT, Delúbio Soares, que buscou se
defender das acusações feitas pelo
presidente do PTB, Roberto Jefferson, não trouxeram muita novidade. Ao menos não o suficiente para mexer com o mercado.
A Bolsa, que chegou a subir na
abertura dos negócios, não resistiu e fechou com desvalorização
de 1,3%.
O dólar encerrou o dia com leve
baixa de 0,04%, a R$ 2,462.
Os investidores deram mais importância ontem à divulgação do
IGP-DI do que ao cenário político. O índice registrou deflação de
0,25% em maio.
"Sem novidades no campo político, o mercado está se focando
mais é nos números do IPCA, que
darão uma idéia mais clara do rumo da política monetária", diz
Miriam Tavares, diretora de câmbio da corretora AGK.
Amanhã será anunciado o resultado do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) de
maio. Como o Banco Central utiliza o IPCA para acompanhar sua
meta de inflação, se esse índice
vier fraco, pode se um sinal de que
o ciclo de elevações de juros chegará a seu fim.
Calmaria
Na BM&F (Bolsa de Mercadorias & Futuros), as projeções das
taxas de juros recuaram. O contrato DI (Depósito Interfinanceiro) com vencimento na virada do
ano fechou com taxa de 19,45%,
contra 19,51% do dia anterior.
O Copom (Comitê de Política
Monetária) decide na próxima semana como fica a taxa básica de
juros da economia, que está em
19,75% anuais.
Apesar da crescente parcela dos
investidores que apostam na manutenção dos juros, ainda é relativamente grande o número dos
que esperam uma nova elevação
de 0,25 ponto percentual na Selic.
No mercado internacional, o
risco-país brasileiro fechou com
pequena baixa de 0,23%, aos 443
pontos. Já o risco do México teve
alta de 1,14%, para encerrar o dia a
177 pontos.
(FABRICIO VIEIRA)
Texto Anterior: Aviação: Tráfego vai crescer 4,8% ao ano, diz Boeing Próximo Texto: O vaivém das commodities Índice
|