São Paulo, quinta-feira, 09 de junho de 2005

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MERCADO FINANCEIRO

Crise política vai para segundo plano; Bovespa tem queda de 1,3%, e dólar fecha cotado a R$ 2,462

Fuga de estrangeiro faz Bolsa cair mais

DA REPORTAGEM LOCAL

Com a falta de novidades, o mercado jogou para segundo plano a crise política. Somente a Bovespa seguiu em terreno negativo e fechou em baixa.
Mas, afirmam operadores, a Bolsa de Valores de São Paulo segue mais punida pela venda de ações por investidores estrangeiros do que por qualquer outro evento.
As declarações do tesoureiro do PT, Delúbio Soares, que buscou se defender das acusações feitas pelo presidente do PTB, Roberto Jefferson, não trouxeram muita novidade. Ao menos não o suficiente para mexer com o mercado.
A Bolsa, que chegou a subir na abertura dos negócios, não resistiu e fechou com desvalorização de 1,3%.
O dólar encerrou o dia com leve baixa de 0,04%, a R$ 2,462.
Os investidores deram mais importância ontem à divulgação do IGP-DI do que ao cenário político. O índice registrou deflação de 0,25% em maio.
"Sem novidades no campo político, o mercado está se focando mais é nos números do IPCA, que darão uma idéia mais clara do rumo da política monetária", diz Miriam Tavares, diretora de câmbio da corretora AGK.
Amanhã será anunciado o resultado do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) de maio. Como o Banco Central utiliza o IPCA para acompanhar sua meta de inflação, se esse índice vier fraco, pode se um sinal de que o ciclo de elevações de juros chegará a seu fim.

Calmaria
Na BM&F (Bolsa de Mercadorias & Futuros), as projeções das taxas de juros recuaram. O contrato DI (Depósito Interfinanceiro) com vencimento na virada do ano fechou com taxa de 19,45%, contra 19,51% do dia anterior.
O Copom (Comitê de Política Monetária) decide na próxima semana como fica a taxa básica de juros da economia, que está em 19,75% anuais.
Apesar da crescente parcela dos investidores que apostam na manutenção dos juros, ainda é relativamente grande o número dos que esperam uma nova elevação de 0,25 ponto percentual na Selic.
No mercado internacional, o risco-país brasileiro fechou com pequena baixa de 0,23%, aos 443 pontos. Já o risco do México teve alta de 1,14%, para encerrar o dia a 177 pontos.
(FABRICIO VIEIRA)


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