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FINANCIAMENTO
Serão liberados R$ 400 mi nos próximos dias e R$ 600 mi no segundo semestre; produtores pediam R$ 2,4 bi
Governo dará mais R$ 1 bi a agricultores
HUMBERTO MEDINA
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Líderes agrícolas se reuniram
ontem com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva para pedir medidas emergenciais de ajuda ao setor. Após a reunião, Lula concordou em liberar mais R$ 1 bilhão
para financiar a compra do excedente de produção (principalmente de arroz e algodão) e tentar
manter o preço dos produtos.
Além disso, ficou acertado que
o Banco do Brasil adiará a cobrança da parcela, que venceria neste
mês, dos empréstimos para custeio da safra 2004/5 de arroz.
O dinheiro para financiar a comercialização será liberado em
duas parcelas: R$ 400 milhões nos
próximos dias e R$ 600 milhões
ao longo do segundo semestre. Os
agricultores pediam mais: R$ 2,4
bilhões para a compra de estoques reguladores.
Além do dinheiro para financiar
a comercialização, a lista de pedidos incluía a prorrogação dos financiamentos bancários dos empréstimos de custeio (para a compra de sementes e adubo) e investimento (compra de máquinas),
linha de crédito para refinanciar
dívidas com fornecedores de insumos e máquinas e a suspensão
das importações de arroz, trigo e
milho da Argentina e do Uruguai.
Após a reunião, os agricultores
se mostravam otimistas. "O presidente se mostrou não só receptivo, mas também demonstrou interesse muito grande em estabelecer uma relação mais próxima
com os produtores", disse Carlos
Rivaci Sperotto, presidente da
Farsul (Federação da Agricultura
do Estado do Rio Grande do Sul).
Sperotto estima entre R$ 10 bilhões e R$ 15 bilhões o total a ser
renegociado. Em março, o Conselho Monetário Nacional autorizou a prorrogação de R$ 2,62 bilhões de dívidas de produtores de
algodão, arroz, milho, trigo e soja.
Renegociação de R$ 12,3 bi
A bancada ruralista na Câmara
dos Deputados apresentou ontem projeto para a renegociação,
com subsídios federais, de dívidas
de R$ 12,3 bilhões de produtores.
A operação incluiria dívidas vencidas e a vencer até este ano.
A renegociação ampla -seria a
terceira desde o Plano Real, lançado em 1994- é apoiada pelo ministro da Agricultura, Roberto
Rodrigues, e rejeitada pelo da Fazenda, Antonio Palocci Filho.
Colaborou Gustavo Patu,
da Sucursal de Brasília
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