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ADUANA
Receita Federal intensifica o combate à pirataria
Apreensão de contrabando cresce 122% na fronteira Brasil-Paraguai
JOSÉ MASCHIO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM LONDRINA
Nos primeiros cinco meses deste ano, as apreensões de mercadorias contrabandeadas na fronteira
entre o Brasil e o Paraguai cresceram 122% em relação a igual período do ano passado. Os números foram divulgados ontem pela
Delegacia da Receita Federal em
Foz do Iguaçu (PR).
Segundo dados da Receita, as
apreensões até maio totalizaram
US$ 22,1 milhões, o que corresponde a dois terços do total
apreendido em todo o ano de
2004, que foi de US$ 33,5 milhões.
O crescimento no volume das
apreensões é uma constante desde novembro, quando a Receita
intensificou o trabalho de combate ao contrabando e à pirataria na
região da tríplice fronteira entre
Brasil, Paraguai e Argentina.
Lideram o ranking de apreensões produtos de informática,
equipamentos eletrônicos, CDs e
DVDs virgens, cigarros e drogas.
O aumento nas apreensões acontece mesmo depois de acordo entre os governos brasileiro e paraguaio, em abril, que aumentou o
valor da cota para ingresso de
produtos isentos de impostos.
O valor para entrada de mercadorias, via terrestre, subiu de US$
150 para US$ 300 nas fronteiras
brasileiras. A cota para ingresso
por via aérea é de US$ 500.
O rigor na fiscalização pelo Brasil tem gerado descontentamento
no lado paraguaio, especialmente
entre vendedores de cigarros e
aparelhos de informática.
Acusada pela Polícia e pela Receita do Brasil de não cumprir as
regras anticontrabando, a aduana
paraguaia em Ciudad del Este iniciou, no começo deste mês, um
trabalho fiscalização no ingresso
de mercadorias brasileiras no
país. O mesmo rigor não se aplica
à saída de mercadorias do Paraguai para Foz do Iguaçu.
Essas dificuldades de relacionamento entre autoridades brasileiras e paraguaias deverá estar na
pauta do Seminário Internacional
de Combate Estratégico ao Contrabando e à Pirataria, que começa hoje em Foz do Iguaçu e prossegue até domingo.
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