São Paulo, sexta-feira, 09 de junho de 2006

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Empresa tem de convencer juiz dos EUA

DA ENVIADA AO RIO
DA SUCURSAL DO RIO

Mesmo que o juiz Luiz Roberto Ayoub, da 8ª Vara Empresarial, aprove a proposta feita pelo TGV (Trabalhadores do Grupo Varig), a Varig ainda vai precisar enfrentar outros obstáculos para garantir a sua sobrevivência.
Na próxima terça-feira, dia 13, a Varig precisa convencer a Justiça americana a estender o prazo de uma liminar que protege os aviões da companhia de arresto pelas empresas de leasing. O juiz Robert Drain, da Corte de Falências de Nova York, mostrou-se solidário com o processo de recuperação da companhia nos últimos meses, mas na última audiência o argumento novo apresentado pela Varig era a venda de parte da companhia em leilão.
A Varig tem hoje uma frota de 60 aeronaves, das quais 46 estão em operação. Ela não tem aviões próprios.
Sem propostas de concorrentes do setor ou de grupos financeiros, a companhia precisará provar que tem condições de continuar operando.
Além disso, os arrendadores terão que concordar com a mudança nos contratos, com a troca do controlador da empresa, o que pode dificultar ainda mais a operação.
Se o juiz aprovar a proposta do TGV, os trabalhadores ainda precisarão obter as autorizações da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil). Como afirmam ter investidores estrangeiros financiando o negócio, precisarão demonstrar que a participação dos estrangeiros não supera os 20% definidos em lei.
Caso o juiz não aprove a proposta do grupo, a Varig precisará encontrar alternativas como negociação de prazos para continuar voando. Se não conseguir, o juiz é obrigado a decretar falência.


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