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Mercado Aberto
guilherme.barros@uol.com.br
Brasil precisa reposicionar política econômica, diz Leme
A estabilização econômica,
os expressivos superávits comerciais, o elevado nível de reservas e a perspectiva de atingir
o grau de investimento fazem
com que o Brasil precise reposicionar sua política macroeconômica.
Nesse estágio, a economia
funciona de forma bastante diferente do período pré-estabilização de até bem pouco tempo.
O Brasil vai precisar usar melhor os instrumentos de política econômica, como juros,
câmbio e a política fiscal.
A opinião é do economista
Paulo Leme, do Goldman
Sachs, que considera desnecessária, por exemplo, a estratégia
adotada pelo Banco Central de
acumulação de reservas para
tentar conter a valorização do
real. Segundo ele, essa política
está trazendo um custo enorme
para o país.
"As reservas, hoje, correspondem a 12% do PIB, e nada
impede que cheguem a 100%
do PIB, mas o custo dessa política é muito grande para o
país", diz Leme.
Segundo o economista, muitas vezes as pessoas esquecem
que o BC opera como um banco
e o que ele capta ou aplica nas
reservas ou em crédito. Dessa
forma, quando ele desembolsa
moeda para a compra das reservas, está deixando de aplicar
em crédito no país.
"Quanto maior o volume de
reservas, menor será o total do
crédito disponível para a sociedade", diz Leme.
O economista afirma que a
política fiscal do governo deveria dar uma contribuição maior
para baixar os custos dessa política de acumulação de reservas. Hoje, o governo recorre à
emissão de títulos públicos para a compra de dólares, o que
torna o custo da operação extremamente elevada.
Essa esterilização desse processo de acumulação de reservas, na opinião de Leme, deveria ser uma atribuição da política fiscal. O problema, de acordo
com o economista, é que os gastos do governo estão aumentando ao ritmo de 10% neste
ano, o que não condiz com a necessidade de reposicionamento
da política econômica do país.
MARATONA
Criadora das provas Corporate Run, que envolve funcionários de empresas, e Fashion Run, promovida pelo Iguatemi,
a agência Pepper, do grupo Newcomm, lança dois novos produtos neste ano. O primeiro é a Kids Run, corrida voltada
para o público infantil, com largada marcada para outubro.
O segundo é a Corporate Adventure, que deve acontecer em
2008. A prova reunirá modalidades como canoagem, rapel,
bicicleta e corrida. "Vamos levar também a corporate run
para o Rio e já licenciamos o nome para lançar na Europa e
nos EUA", diz Anuar Tacach, vice-presidente da agência.
SOM NA CAIXA
Neste ano, os namorados parecem não querer gastar
muito. O CD lidera o ranking dos produtos mais pesquisados para o dia dos namorados por categoria, com preço
médio em R$ 36,85. O dado é resultado de pesquisa do site de comparação de preços BuscaPé.
Entre os títulos mais procurados estão o CD "Minutes to
Midnight", da banda norte-americana Linking Park, e o
"Ao Vivo no Maracanã", de Ivete Sangalo. No ranking de
produtos, o celular W375 preto da Motorola é o campeão.
Spa Med abre nova unidade em praia de PE
Será inaugurada, no próximo sábado, a nova unidade
da rede Spa Med. Com dois
empreendimentos no Estado de São Paulo -um no
Guarujá e outro em Sorocaba-, a rede agora mira na
praia de Cabo de Santo
Agostinho, no litoral pernambucano.
Segundo o médico Mauro
Tadeu Moura, que criou o
spa e dirige a rede, a nova
unidade, que fica dentro de
um hotel Caesar Park, deve
atrair um maior número de
estrangeiros. "A vantagem é
a beleza da praia e o local já
ser um destino turístico."
Os investimentos na nova
unidade foram de cerca de
R$ 3 milhões.
ECOFASHION 1
A AG-407, de publicidade, traz como campanha da
23ª edição da São Paulo Fashion Week o tema H2O - A
Solução é Simples. O programa dá continuidade à preocupação com sustentabilidade, discutida na última
edição do evento. São ao todo cinco peças.
ECOFASHION 2
A Tetra Pak participa da
SPFW com o espaço "Praça
da Sustentabilidade" e com
bolsas recicláveis.
MALHAÇÃO
A italiana Technogym, de
aparelhos para academias,
será fornecedora oficial do
Pan. A empresa vai instalar a
única academia dentro da
Vila Pan-Americana. O Brasil representa 50% do mercado da marca na AL.
SOBRE RODAS
A Claro fechou parceria
com a Land Rover e a Nokia.
Vão distribuir o aparelho
N73 com conteúdo sobre a
Land Rover para 23 clientes
selecionados.
EM MOVIMENTO
A Fiat será patrocinadora
da exposição "Speed: A Arte
da Velocidade". Entre as
obras estão ícones da pintura futurista como as telas de
Giulio D'Anna, "Aviões em
Vôo", e de Giacomo Balla,
"Linhas de Velocidade + Luz
Ruído". Foram investidos
R$ 6 milhões, metade incentivado pela Lei Federal de
Incentivo à Cultura. A exposição será aberta no dia 13,
em Belo Horizonte.
DEGUSTAÇÃO
Chega ao Brasil, na terça,
Franck-Lin Dalle, proprietário da vinícola Château de
Campuget, para apresentar
alguns de seus vinhos em degustações que serão realizadas na Enoteca Fasano. Entre os rótulos escolhidos estarão La Sommelière 2003,
Tradition de Campuget
Rouge 2004, Tradition de
Campuget Blanc 2002,
Viognier de Campuget Cuvée Prestige 2005.
TOP 10
Segundo estimativas de
Octavio de Barros, diretor
do Bradesco, com base nos
leilões diários de dólar do
BC, as reservas cambiais do
Brasil fecharam a semana
em US$ 140,8 bilhões, com a
estimativa de compra de
cerca de US$ 750 milhões
ontem. O Brasil agora é o
sexto país do mundo em volume de reservas cambiais.
ESTILO
A W/Brasil acaba de conquistar a conta da empresa
gaúcha Altero Metais, que
fabrica metais para moda. A
empresa é conhecida por desenvolver peças exclusivas
para estilistas Alexandre
Herchcovitch e Fernando
Pires e para marcas como a
norte-americana Calvin
Klein.
CORRUPÇÃO 1
Na próxima semana, vem
a São Paulo Valerie Weinzierl, diretora associada do
Paci (Iniciativa de Parceria
contra Corrupção do World
Economic Forum). A executiva vem ao Brasil para buscar adesão de empresários
brasileiros. Duas empresas
nacionais já se comprometeram. No mundo, o número
chega a 120.
CORRUPÇÃO 2
Segundo o programa, parte da corrupção existe por
que empresas aceitam pagar
por benefícios oferecidos
ilegalmente por governos.
Segundo o World Bank Institute, é pago no mundo,
anualmente, US$ 1 trilhão
em subornos. O número
equivale ao valor das empresas brasileiras na Bovespa.
com ISABELLE MOREIRA LIMA e JOANA CUNHA
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