São Paulo, sábado, 09 de junho de 2007

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Mercado Aberto

guilherme.barros@uol.com.br

Brasil precisa reposicionar política econômica, diz Leme

A estabilização econômica, os expressivos superávits comerciais, o elevado nível de reservas e a perspectiva de atingir o grau de investimento fazem com que o Brasil precise reposicionar sua política macroeconômica.
Nesse estágio, a economia funciona de forma bastante diferente do período pré-estabilização de até bem pouco tempo. O Brasil vai precisar usar melhor os instrumentos de política econômica, como juros, câmbio e a política fiscal.
A opinião é do economista Paulo Leme, do Goldman Sachs, que considera desnecessária, por exemplo, a estratégia adotada pelo Banco Central de acumulação de reservas para tentar conter a valorização do real. Segundo ele, essa política está trazendo um custo enorme para o país.
"As reservas, hoje, correspondem a 12% do PIB, e nada impede que cheguem a 100% do PIB, mas o custo dessa política é muito grande para o país", diz Leme.
Segundo o economista, muitas vezes as pessoas esquecem que o BC opera como um banco e o que ele capta ou aplica nas reservas ou em crédito. Dessa forma, quando ele desembolsa moeda para a compra das reservas, está deixando de aplicar em crédito no país.
"Quanto maior o volume de reservas, menor será o total do crédito disponível para a sociedade", diz Leme.
O economista afirma que a política fiscal do governo deveria dar uma contribuição maior para baixar os custos dessa política de acumulação de reservas. Hoje, o governo recorre à emissão de títulos públicos para a compra de dólares, o que torna o custo da operação extremamente elevada.
Essa esterilização desse processo de acumulação de reservas, na opinião de Leme, deveria ser uma atribuição da política fiscal. O problema, de acordo com o economista, é que os gastos do governo estão aumentando ao ritmo de 10% neste ano, o que não condiz com a necessidade de reposicionamento da política econômica do país.

MARATONA
Criadora das provas Corporate Run, que envolve funcionários de empresas, e Fashion Run, promovida pelo Iguatemi, a agência Pepper, do grupo Newcomm, lança dois novos produtos neste ano. O primeiro é a Kids Run, corrida voltada para o público infantil, com largada marcada para outubro. O segundo é a Corporate Adventure, que deve acontecer em 2008. A prova reunirá modalidades como canoagem, rapel, bicicleta e corrida. "Vamos levar também a corporate run para o Rio e já licenciamos o nome para lançar na Europa e nos EUA", diz Anuar Tacach, vice-presidente da agência.

SOM NA CAIXA
Neste ano, os namorados parecem não querer gastar muito. O CD lidera o ranking dos produtos mais pesquisados para o dia dos namorados por categoria, com preço médio em R$ 36,85. O dado é resultado de pesquisa do site de comparação de preços BuscaPé. Entre os títulos mais procurados estão o CD "Minutes to Midnight", da banda norte-americana Linking Park, e o "Ao Vivo no Maracanã", de Ivete Sangalo. No ranking de produtos, o celular W375 preto da Motorola é o campeão.

Spa Med abre nova unidade em praia de PE

Será inaugurada, no próximo sábado, a nova unidade da rede Spa Med. Com dois empreendimentos no Estado de São Paulo -um no Guarujá e outro em Sorocaba-, a rede agora mira na praia de Cabo de Santo Agostinho, no litoral pernambucano.
Segundo o médico Mauro Tadeu Moura, que criou o spa e dirige a rede, a nova unidade, que fica dentro de um hotel Caesar Park, deve atrair um maior número de estrangeiros. "A vantagem é a beleza da praia e o local já ser um destino turístico."
Os investimentos na nova unidade foram de cerca de R$ 3 milhões.

ECOFASHION 1 A AG-407, de publicidade, traz como campanha da 23ª edição da São Paulo Fashion Week o tema H2O - A Solução é Simples. O programa dá continuidade à preocupação com sustentabilidade, discutida na última edição do evento. São ao todo cinco peças.

ECOFASHION 2 A Tetra Pak participa da SPFW com o espaço "Praça da Sustentabilidade" e com bolsas recicláveis.

MALHAÇÃO
A italiana Technogym, de aparelhos para academias, será fornecedora oficial do Pan. A empresa vai instalar a única academia dentro da Vila Pan-Americana. O Brasil representa 50% do mercado da marca na AL.

SOBRE RODAS
A Claro fechou parceria com a Land Rover e a Nokia. Vão distribuir o aparelho N73 com conteúdo sobre a Land Rover para 23 clientes selecionados.

EM MOVIMENTO
A Fiat será patrocinadora da exposição "Speed: A Arte da Velocidade". Entre as obras estão ícones da pintura futurista como as telas de Giulio D'Anna, "Aviões em Vôo", e de Giacomo Balla, "Linhas de Velocidade + Luz Ruído". Foram investidos R$ 6 milhões, metade incentivado pela Lei Federal de Incentivo à Cultura. A exposição será aberta no dia 13, em Belo Horizonte.

DEGUSTAÇÃO
Chega ao Brasil, na terça, Franck-Lin Dalle, proprietário da vinícola Château de Campuget, para apresentar alguns de seus vinhos em degustações que serão realizadas na Enoteca Fasano. Entre os rótulos escolhidos estarão La Sommelière 2003, Tradition de Campuget Rouge 2004, Tradition de Campuget Blanc 2002, Viognier de Campuget Cuvée Prestige 2005.

TOP 10
Segundo estimativas de Octavio de Barros, diretor do Bradesco, com base nos leilões diários de dólar do BC, as reservas cambiais do Brasil fecharam a semana em US$ 140,8 bilhões, com a estimativa de compra de cerca de US$ 750 milhões ontem. O Brasil agora é o sexto país do mundo em volume de reservas cambiais.

ESTILO
A W/Brasil acaba de conquistar a conta da empresa gaúcha Altero Metais, que fabrica metais para moda. A empresa é conhecida por desenvolver peças exclusivas para estilistas Alexandre Herchcovitch e Fernando Pires e para marcas como a norte-americana Calvin Klein.

CORRUPÇÃO 1
Na próxima semana, vem a São Paulo Valerie Weinzierl, diretora associada do Paci (Iniciativa de Parceria contra Corrupção do World Economic Forum). A executiva vem ao Brasil para buscar adesão de empresários brasileiros. Duas empresas nacionais já se comprometeram. No mundo, o número chega a 120.

CORRUPÇÃO 2
Segundo o programa, parte da corrupção existe por que empresas aceitam pagar por benefícios oferecidos ilegalmente por governos. Segundo o World Bank Institute, é pago no mundo, anualmente, US$ 1 trilhão em subornos. O número equivale ao valor das empresas brasileiras na Bovespa.


com ISABELLE MOREIRA LIMA e JOANA CUNHA

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