São Paulo, sábado, 09 de junho de 2007

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Governo afirma que vai acender "sinal vermelho" se risco de atraso aumentar

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O secretário-executivo do Ministério dos Transportes, Paulo Sérgio Passos, admitiu que o governo classificou como satisfatórias algumas obras do PAC sabendo que pendências administrativas podem atrasar a entrega das reformas. A opção do governo foi esperar para ver se os problemas serão resolvidos a tempo.
"Se mais à frente algumas das pendências elevarem os riscos de atraso na conclusão da obra, então mudaremos o sinal de amarelo para vermelho, naturalmente", disse Passos, que era o titular da pasta em janeiro, quando o PAC foi lançado.
Segundo a Folha apurou, o atual ministro, Alfredo Nascimento, cobrou auxiliares próximos em março, quando assumiu o cargo pela segunda vez. O motivo da cobrança era justamente o atraso na compilação de informações sobre os projetos do PAC, considerados prioritários pelo Planalto.
De acordo com Passos, muitas das pendências ambientais nas obras rodoviárias serão superadas mais rapidamente do que as hidrelétricas. Nos casos de recuperação e duplicação, por exemplo, o leito principal já está licenciado, faltaria apenas a autorização para duplicar. Outros casos dizem respeito à obtenção de jazidas, de onde serão retirados materiais para a obra, como areia. Esse tipo de licenciamento é dever da empreiteira contratada.
Já o presidente do Sinicom (Sindicato Nacional da Indústria da Construção Pesada), Luiz Fernando Santos Reis, disse que os principais entraves do PAC são a má gestão e o loteamento de cargos em uma área técnica, como essa.
"O governo tem que resolver esse problema de gestão. Não pode lotear cargos técnicos, o Dnit tem uma estrutura técnica, deveria ter gente que entendesse de transportes." (ID)


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