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Brasil piora, enquanto cenário global evolui, afirma OCDE
DA REDAÇÃO
Na contramão da maior parte
das grandes economias mundiais, que começam a dar sinais
de que o pior já passou, a situação no Brasil continuou a se deteriorar fortemente, de acordo
com levantamento mensal da
OCDE (Organização para a
Cooperação e o Desenvolvimento Econômico).
O cenário econômico para o
Brasil piorou em abril, de acordo com a OCDE, que afirma
que o país está em forte desaceleração. Já os países do G7 (grupo que reúne sete das maiores
economias globais), a China e a
Índia dão sinais de melhora,
ainda que em estágios diferentes -com alguns deles, como a
Itália e França, se aproximando
de um ciclo de crescimento.
Segundo o estudo com 33
países, só Brasil, Rússia, Austrália e Suécia apresentam uma
forte deterioração do seu cenário de ciclo econômico.
O cenário brasileiro está,
portanto, bem distante do
apresentado em julho de 2008,
quando o país era o único que
se encontrava com perspectivas de crescimento. Mesmo nos
meses seguintes, quando a economia do país, para a OCDE,
começou a se desacelerar, a situação era menos negativa que
a da maioria. Mas, especialmente de janeiro para cá, o cenário começou a se deteriorar.
A situação brasileira contrasta com as dos países desenvolvidos, que começam a apresentar "brotos verdes", como têm
sido chamados nos últimos meses os primeiros sinais de recuperação econômica. Mesmo a
Alemanha, que enfrenta a pior
recessão desde a reunificação,
em 1990 e que está com o seu
principal motor, o setor exportador, travado devido à falta de
demanda mundial, começa a
melhorar, segundo a OCDE.
Porém, a entidade que reúne
30 das principais economias
mundiais alerta que ainda é cedo para dizer se a queda no ritmo de deterioração econômica
é algo temporário ou um ponto
de inflexão mais duradouro, o
que significaria que os países
estão caminhando para retomar o crescimento.
Para chegar a essa previsão, a
OCDE usou os chamados indicadores antecedentes, que são
vários dados dos países aglutinados para "tentar indicar momentos de mudanças na atividade econômica com aproximadamente seis meses de antecedência". Ele é, por isso, considerado um termômetro para as
economias dos países.
No caso brasileiro, são usados dados como produção industrial e exportações.
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