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Justiça americana suspende o acordo entre Fiat e Chrysler
Presidente da montadora italiana afirma que "nunca" vai desistir do acordo com rival americana
DA REDAÇÃO
A Suprema Corte dos Estados Unidos bloqueou temporariamente a venda dos ativos da
Chrysler para a montadora italiana Fiat, atendendo a um pedido de alguns dos credores da
empresa norte-americana.
A venda da Chrysler tinha sido autorizada pela Justiça
americana na semana passada,
mas ainda estava pendente da
decisão da Suprema Corte. Anteontem, três fundos de pensão
do Estado de Indiana (que são
credores da Chrysler) e grupos
de defesa dos consumidores solicitaram à Suprema Corte que
suspendesse a venda para a Fiat
enquanto eles buscam desfazer
o negócio -pelo menos no formato atual.
Logo depois do anúncio, na
tarde de ontem, o presidente-executivo da Fiat, Sergio Marchionne, afirmou que a montadora "nunca" vai desistir do
acordo. A empresa italiana anteriormente tinha estabelecido
um prazo até o dia 15 deste mês
para que o negócio fosse concluído.
Na nota em que anuncia a
suspensão do acordo entre as
montadoras, a juíza Ruth Bader
Ginsburg não explicou os motivos para a medida nem deu detalhes de quanto tempo será
necessário para que a Suprema
Corte resolva o assunto.
Os executivos da Chrysler
vêm afirmando nos últimos
meses que, quanto mais demorar um acordo com a Fiat, menor será a chance de sobrevivência da empresa, forçando
seus fornecedores a fecharem
as portas e deixando as suas
concessionárias sem peças de
reposição.
Pelo acordo proposto pela
Chrysler, os três fundos de pensão de Indiana, que emprestaram US$ 42 milhões para a
montadora americana, recuperariam 29% do total investido.
Eles reclamam ainda que os
sindicatos e os funcionários da
empresa receberam ofertas
melhores para renegociar novos acordos trabalhistas.
Quando a Chrysler sair da
concordata, a companhia terá
uma nova estrutura acionária,
com um fundo do sindicato dos
funcionários aposentados controlando 55%, a Fiat tendo uma
participação de 20%, que pode
chegar a 35%, e os governos de
EUA e Canadá com participações minoritárias.
Com agências internacionais
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