São Paulo, terça-feira, 09 de junho de 2009

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Justiça americana suspende o acordo entre Fiat e Chrysler

Presidente da montadora italiana afirma que "nunca" vai desistir do acordo com rival americana

DA REDAÇÃO

A Suprema Corte dos Estados Unidos bloqueou temporariamente a venda dos ativos da Chrysler para a montadora italiana Fiat, atendendo a um pedido de alguns dos credores da empresa norte-americana.
A venda da Chrysler tinha sido autorizada pela Justiça americana na semana passada, mas ainda estava pendente da decisão da Suprema Corte. Anteontem, três fundos de pensão do Estado de Indiana (que são credores da Chrysler) e grupos de defesa dos consumidores solicitaram à Suprema Corte que suspendesse a venda para a Fiat enquanto eles buscam desfazer o negócio -pelo menos no formato atual.
Logo depois do anúncio, na tarde de ontem, o presidente-executivo da Fiat, Sergio Marchionne, afirmou que a montadora "nunca" vai desistir do acordo. A empresa italiana anteriormente tinha estabelecido um prazo até o dia 15 deste mês para que o negócio fosse concluído.
Na nota em que anuncia a suspensão do acordo entre as montadoras, a juíza Ruth Bader Ginsburg não explicou os motivos para a medida nem deu detalhes de quanto tempo será necessário para que a Suprema Corte resolva o assunto.
Os executivos da Chrysler vêm afirmando nos últimos meses que, quanto mais demorar um acordo com a Fiat, menor será a chance de sobrevivência da empresa, forçando seus fornecedores a fecharem as portas e deixando as suas concessionárias sem peças de reposição.
Pelo acordo proposto pela Chrysler, os três fundos de pensão de Indiana, que emprestaram US$ 42 milhões para a montadora americana, recuperariam 29% do total investido. Eles reclamam ainda que os sindicatos e os funcionários da empresa receberam ofertas melhores para renegociar novos acordos trabalhistas.
Quando a Chrysler sair da concordata, a companhia terá uma nova estrutura acionária, com um fundo do sindicato dos funcionários aposentados controlando 55%, a Fiat tendo uma participação de 20%, que pode chegar a 35%, e os governos de EUA e Canadá com participações minoritárias.


Com agências internacionais


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