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foco
Produtor deixa Mato Grosso e se aventura
pelo oeste baiano
DO ENVIADO ESPECIAL
Dizer que a agricultura
não dá dinheiro não é falar a
verdade. Mas há períodos de
instabilidade, o que exige
planejamento. A afirmação é
de um produtor que, bem estruturado em Mato Grosso
do Sul, resolveu se aventurar
no oeste baiano.
Ademar Antônio Marçal,
atraído pela topografia da região, chegou ao oeste baiano
no início dos anos 90. Aos
poucos, aumentou a área e
hoje possui 45 mil hectares,
com plantio em 23 mil deles.
Este ano está mais para a
instabilidade do que para o
ganho. E tudo se deve às atípicas mudanças de clima na
região. Na colheita da soja, o
excesso de chuva derrubou a
produtividade em 20%. Agora, quando as máquinas estavam prontas para a colheita
de algodão, veio uma inesperada chuva, nunca vista neste período do ano.
Acostumado a fazer planejamento para cinco anos,
Marçal diz que o empate
econômico deste ano pode
ser um bom começo para os
próximos. Com a crise, os
produtores usam menos tecnologia na lavoura, a produção cai e deve haver a recuperação de preços, já que os
estoques estão baixos.
O importante nessa atividade é saber quanto custa
para saber por quanto se deve vender. "Não pode haver
ganância", diz ele.
(MZ)
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