DOS ENVIADOS A PUERTO IGUAZÚ

Sem conseguir concluir a maioria do acordos de integração que deveriam ser fechados ontem na reunião de Cúpula do Mercosul, restou anunciar novidades no âmbito externo e a criação de um tribunal.
O anúncio da Venezuela como o mais novo membro associado do bloco e a intenção do México em iniciar negociações para entrar para o grupo foram os pontos altos da cúpula.
Já como membro associado, o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, convidou os parceiros a participar, como observadores, do plebiscito no dia 15 de agosto, que vai decidir seu futuro no cargo.
A única medida com efeitos práticos e relevantes foi a criação do Tribunal Permanente de Revisão do Mercosul, que será inaugurado, em agosto, em Assunção (Paraguai). O resto da agenda, para facilitar a livre circulação de mercadorias, foi adiada para o fim deste ano, inclusive a proposta de rápida incorporação das normas do Mercosul.
A ascensão da Venezuela a membro associado, condição que o Chile, a Bolívia e o Peru já possuem, surpreendeu. O vizinho brasileiro ainda não concluiu um acordo de livre comércio com o bloco, condição necessária para um país se tornar associado, que deverá ocorrer em até dois meses.
Ao anunciar a notícia, o presidente Néstor Kirchner (Argentina) disse que a associação da Venezuela será formalmente oficializada quando o país e o Mercosul protocolarem o acordo de livre comércio na Aladi (Associação Latino Americana de Integração).
O México já poderá participar das reuniões do bloco, como observador.


Texto Anterior: Cúpula do Mercosul: Kirchner faz cobranças ao Brasil; Lula minimiza atrito
Próximo Texto: Furlan diz que Brasil também "tem munição"
Índice