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LOGÍSTICA
BNDES espera que região de Sepetiba se torne pólo para investimentos
Rio pode receber outra siderúrgica
PEDRO SOARES
DA SUCURSAL DO RIO
O presidente do BNDES (Banco
Nacional de Desenvolvimento
Econômico e Social), Carlos Lessa, afirmou ontem que o porto de
Sepetiba se tornará em pouco
tempo o maior do Atlântico Sul,
atraindo empresas para seu entorno e transformando-se no motor do desenvolvimento do Rio.
Segundo Lessa, duas companhias nacionais estão interessadas
em instalar uma siderúrgica na
área do porto, num investimento
de mais de US$ 1 bilhão. Será uma
das maiores usinas do país, com
capacidade para produzir 7 milhões de toneladas por ano.
Existem ainda, de acordo com
Lessa, companhias dispostas a
montar unidades petroquímicas
na região, em função das facilidades logísticas.
Entre os investimentos já confirmados, Lessa citou a construção de um terminal para escoamento de 2 milhões de toneladas
por ano de grãos pela Bunge. Com
isso, prevê ele, empresas de processamento de grãos e de alimentos irão migrar para a região.
Todos esses projetos, segundo
ele, estão sendo analisados pelo
banco, que não pode revelar o nome das empresas.
"Creio que o Rio esteja particularmente bem situado no ciclo futuro de expansão em que a economia brasileira está ingressando",
disse Lessa, durante seminário
promovido pela Firjan (Federação das Indústrias do Estado do
Rio de Janeiro) e pelo jornal "O
Globo" sobre a revitalização da
economia fluminense.
Já o seceretário-executivo do
Ministério do Desenvolvimento,
Márcio Fortes, disse que faltam
algumas obras de infra-estrutura
para o porto de Sepetiba deslanchar. "O que adianta ter um porto
maravilhoso se falta acesso?", indagou, citando como "gargalos" a
duplicação da ferrovia MRS, via
de acesso ao porto, e a construção
do viaduto sobre a Rio-Santos.
O diretor-gerente de novos negócios da Petrobras, José Lima
Neto, confirmou que a estatal
conversa com uma empresa nacional privada do setor petroquímico sobre projetos na região do
porto, inaugurado em 1982.
Segundo o diretor de Planejamento da Vale do Rio Doce, Gabriel Stoliar, o porto ampliará seu
movimento dos atuais 2,5 milhões de toneladas por mês para
3,9 milhões de toneladas nos próximos anos, quando passará a escoar boa parte da safra do Centro-Oeste. O porto de Santos, que é o
maior do Brasil, movimenta hoje
5,8 milhões de toneladas/mês.
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