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APLICAÇÕES
Com maior liberdade de prazo no mercado, certificados indexados à TR captam R$ 1,88 bi em agosto
CDB pós-fixado volta a ganhar espaço
GABRIEL J. DE CARVALHO
da Redação
Os CDBs (Certificados de Depósito Bancário) pós-fixados, em
baixa desde 95, ganharam fôlego
em agosto, segundo levantamento do Banco Central.
A captação líquida (depósitos
menos saques) dos CDBs indexados à TR (mais um juro fixo) alcançou R$ 1,88 bilhão, fazendo
com que o saldo pulasse de R$ 1,3
bilhão, no final de julho, para R$
3,2 bilhões, no dia 31 de agosto.
A causa não foi qualquer temor
da inflação e juros em alta, o que
protege investimentos pós-fixados, mas a autorização do BC para o lançamento de CDBs diários.
Até julho, o prazo mínimo dos
CDBs era de 30 dias corridos. Não
há mais essa restrição, mas os saques de 1 a 29 dias são submetidos
à tributação do IOF decrescente. É
a mesma regra dos fundos.
Os CDBs prefixados tiveram
comportamento inverso. A captação líquida foi novamente negativa, em R$ 3 bilhões. Na poupança,
os saques superaram os depósitos
em R$ 1,45 bilhão.
Nesses dois casos, uma explicação está na atração exercida pelos
fundos. A maioria deles foi adaptada e permite agora retiradas a
qualquer dia, sem perda de juros.
A Anbid (que representa os fundos) calcula em R$ 1,2 bilhão a
captação líquida positiva dos fundos em agosto. O patrimônio líquido beira R$ 180 bilhões.
O BC ainda não divulgou os dados fechados de agosto para os
fundos. Cálculo preliminar, até 31
de agosto, indica captação positiva de R$ 4,2 bilhões, mas pode ter
havido problema na recepção dos
dados, devido à grande transformação pela qual passou a indústria de fundos em agosto.
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