|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Dados dos EUA devem levar volatilidade ao mercado
Freada brusca da economia
afetará juro, dizem analistas
DA REPORTAGEM LOCAL
Importantes eventos econômicos nos Estados Unidos devem mexer com o mercado global nesta semana.
Passado o feriado de hoje nos
EUA, na quarta-feira será conhecida a ata da última reunião
do Fed (o banco central norte-americano). O documento falará sobre os motivos que levaram os dirigentes do Fomc -o
comitê de mercado aberto do
Fed, que cuida da política monetária- a decidirem pela manutenção da taxa básica de juros do país em 5,25% anuais.
No dia seguinte, quinta-feira,
o governo americano vai apresentar o Livro Bege -compilação periódica de dados econômicos dos EUA feita pelo Fed.
"Apesar da pouca quantidade
de dados econômicos esperados para a semana, a volatilidade do mercado acionário deve
persistir, com a divulgação da
ata do Fomc e do Livro Bege",
afirma Julio Martins, diretor
da Prosper Gestão de Recursos.
"Indicações em ambos os relatórios [ata e Livro Bege] de
que o crescimento americano
deve apresentar desaquecimento suave, e não brusco ou
uma recessão, devem contribuir para a melhora do cenário", completa Martins.
No Brasil, a semana será mais
curta, com o feriado na quinta-feira. Sendo assim, o mercado
doméstico só irá repercutir os
dados do Livro Bege (e a reação
internacional) nos pregões de
sexta-feira.
Há investidores e analistas
que contam com a possibilidade de os juros americanos virem a ser reduzidos ainda neste
ano. Mas, para que esse cenário
ganhe força e tenha condições
reais de se concretizar, os próximos eventos que ocorrerão
em território norte-americano
terão de mostrar que a economia do país está se desaquecendo além do considerado ideal.
Na semana passada, o presidente do Fed, Ben Bernanke,
demonstrou preocupação em
relação ao que ele chamou de
"uma correção substancial"
que estaria ocorrendo no mercado da habitação. Essa correção acabará por reduzir o crescimento da maior economia do
mundo. Segundo Bernanke, a
desaceleração no mercado
imobiliário deve custar um
ponto percentual no crescimento da economia no segundo semestre deste ano.
"Na semana [passada] os
mercados internacionais oscilaram ao sabor da divulgação de
indicadores sobre a economia
norte-americana, das declarações de diretores do Fed e da
evolução da cotação do petróleo", avalia a LCA Consultores.
"As estatísticas publicadas na
semana reduziram nos mercados o receio de que os EUA enfrentem uma recessão nos próximos trimestres, ainda que alguns indicadores tenham registrado resultados aquém dos
projetados por analistas econômicos", completa a análise da
consultoria.
Estrangeiros
Como parecem ser muito remotas agora as possibilidades
de os juros americanos voltarem a subir, os estrangeiros começam a retornar para a Bolsa
de Valores de São Paulo.
Entre maio e agosto, a Bovespa sofreu com a fuga de recursos externos. Nesse período,
saíram líquidos R$ 5,6 bilhões
de estrangeiros da Bolsa.
Mas, no mês de setembro, o
balanço de negócios dos estrangeiros ficou positivo em R$
182,34 milhões.
Nos primeiros três dias deste
mês, as operações com capital
externo também estão positivas, em R$ 32,85 milhões.
Em setembro, os investidores estrangeiros lideraram a
movimentação financeira na
Bovespa. Seus negócios representaram 34,43% do volume
total girado no mês. Em agosto,
responderam por 33,84% dos
negócios.
Texto Anterior: Participante de São Paulo vence disputa em setembro Próximo Texto: Veto a publicidade em SP congela planos de agências Índice
|