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Caixa recorre ao TST para julgar greve
Tribunal fará audiência entre banco e funcionários; se não houver acordo, movimento pode ser julgado abusivo
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
A Caixa Econômica Federal
recorreu ao TST (Tribunal Superior do Trabalho) para que o
órgão julgue se a greve dos funcionários do banco é abusiva. A
paralisação dos bancários entra
hoje no sétimo dia.
A Caixa propõe o pagamento
adiantado de 70% da PLR (Participação nos Lucros e Resultados). Representantes dos trabalhadores afirmam que a Caixa ofereceu só uma antecipação
do valor e que o dinheiro recebido seria menor do que os funcionários ganharam no ano
passado. Ontem à noite, uma
nova rodada de negociações seria ser feita entre as partes.
Se o acordo entre a Caixa e a
Contec (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Crédito) não ocorrer
hoje, na audiência de conciliação marcada pelo TST, um relator do tribunal será nomeado
para julgar a greve.
A Contraf (Confederação Nacional dos Trabalhadores do
Ramo Financeiro) afirma que o
movimento atingiu, total ou
parcialmente, cerca de 80% das
agências do banco no país.
Segundo a Caixa, a greve parou 227 das 2.440 agências do
banco -9,3% do total. A Caixa
não inclui no balanço as agências parcialmente afetadas.
Em São Paulo, o Sindicato
dos Bancários de São Paulo,
Osasco e Região afirma que o
protesto teve adesão de 75%
das agências. A Caixa não soube
informar o percentual das
agências atingidas pela greve
na região citada pelo sindicato.
Serviços afetados
A greve dos funcionários da
Caixa prejudica o cliente sobretudo na abertura de contas e
nos contratos imobiliários. O
banco diz que os caixas eletrônicos não foram afetados.
O crédito habitacional é atingido pela paralisação porque as
pessoas que já fizeram a entrevista para obter o serviço precisam assinar o contrato na mesma agência. Se a unidade estiver fechada, não é possível continuar o processo.
Bolsas de programas de transferência de renda e benefícios trabalhistas como o PIS
(Programa de Integração Social), o FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) e o seguro-desemprego podem ser sacados em lotéricas, estabelecimentos comerciais cadastrados e agências da Caixa.
Para receber o dinheiro, é
preciso ter o cartão do cidadão,
que pode ser solicitado por telefone, mas precisa ser validado
em uma agência da Caixa.
Em São Paulo, o seguro-desemprego também pode ser pedido nos postos do Poupatempo. Na Grande São Paulo, as opções são Sé, Santo Amaro, Itaquera, São Bernardo do Campo
e Guarulhos. No interior, as
unidades ficam em Campinas
(centro e Campinas Shopping),
São José dos Campos, Ribeirão
Preto e Bauru.
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