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ABASTECIMENTO
No Wal Mart, consumidor pode levar 5 kg; no Extra e no Barateiro, de 10 kg a 20 kg; Sendas também pode fixar cota
Supermercados racionam venda de açúcar
ADRIANA MATTOS
DA REPORTAGEM LOCAL
A queda-de-braço entre varejo e
indústria, na tentativa de definir
novos reajustes de preços, levou
grandes redes a iniciar o "racionamento do açúcar".
No Wal Mart cada consumidor
só pode levar cinco quilos do produto. Há avisos nas lojas informando a restrição aos clientes. O
grupo Pão de Açúcar decidiu fazer o mesmo em algumas lojas.
A rede Sendas, a quinta maior
do país, não descarta a possibilidade de usar o mesmo sistema caso seja constatado um movimento de compra do produto para estocagem em casa.
"Nós temos estoque razoável de
açúcar, mas, se houver uma corrida para compra por razões de armazenagem ou especulação, então será preciso agir. Estamos de
olho", diz Nelson Sendas, vice-presidente da rede.
No caso do Pão de Açúcar, a
medida foi tomada para evitar a
compra do produto de forma especulativa. "Às vezes, um pequeno lojista compra para revender
por preço maior. Há casos de redes menores que precisam reforçar seu estoque. Isso não é bom
para o consumidor, que corre o
risco de ficar sem o produto", diz
Hugo Bethlem, diretor comercial
da rede.
Há dificuldade para os supermercados fecharem novas entregas de açúcar devido à alta do preço. Na Bolsa de Nova York, o produto subiu cerca de 30% desde junho. Além disso, há ainda a desvalorização do real. A moeda perdeu 48,1% de seu valor em relação
ao dólar de maio até ontem. Como o produto é cotado em dólar,
o preço disparou.
O Wal Mart ainda não informa
em quantas lojas o racionamento
do açúcar começou a ser praticado. Segundo dois gerentes de lojas, toda a rede Supercenter, do
Wal Mart -são nove lojas-,
adotou a medida.
O limite imposto pela cadeia, de
cinco quilos por consumidor, é
mais rígido do que o praticado
pelo Pão de Açúcar. Em lojas do
Extra e do Barateiro (a direção
ainda não tem o número correto
de lojas) o limite é de 10 kg a 20 kg
por pessoa.
O número é mais elevado porque, na visão da companhia, são
os comerciantes que podem partir para a especulação com o produto, e não o consumidor -que
compra uma quantidade média
de três quilos de açúcar por mês.
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