DA REPORTAGEM LOCAL

A Intel anunciou ontem que irá montar placas-mãe no Brasil utilizando a fábrica de sua parceira Digitron, em Manaus. A iniciativa, diz, derrubará os preços em 20% em relação aos produtos importados que chegam ao país. Uma placa será vendida por cerca de US$ 80 nas redes de distribuição.
"O mercado brasileiro cresceu tanto nos últimos anos que compensa abrirmos mão dos custos de produção em troca dos ganhos de escala", afirma Oscar Clarke, gerente-geral da Intel para o Brasil.
Placas-mãe são pranchas em que se fundem os componentes eletrônicos e os processadores. É o coração de um computador. Sem ela, nada funciona.
Para fechar a parceria com a Digitron, a Intel fez boa parte dos investimentos na fábrica. Ao todo foram US$ 12 milhões, sendo US$ 10 milhões injetados apenas na construção da linha de montagem das placas da Intel. O restante foi destinado às adaptações da Digitron, que também produz placas de outras marcas.
A meta de vendas para 2008 é de 500 mil unidades. De acordo com Thomas Rampone, vice-presidente do grupo de vendas e marketing da Intel, esse montante equivale à metade de todos os embarques realizados para a América Latina.
Projeções do IDC (International Data Corporation) indicam que os brasileiros comprarão mais computadores que televisores até o final do ano. "Todos esses números ajudam a explicar o interesse dos fabricantes no Brasil", diz Clarke.
Por isso, ele prevê que, dependendo dos resultados das vendas de placas-mãe no próximo ano, a Intel poderá dar um novo passo rumo à construção de uma fábrica de processadores no país, algo que consumiria investimentos da ordem de US$ 3 bilhões.


Texto Anterior: Oi sobe tom e diz que Telefónica controla TIM
Próximo Texto: TV digital: Governo diz que conversor poderá custar até R$ 500
Índice