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Novos sócios terão atuação menos efetiva
DAS ENVIADAS A MONTEVIDÉU
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva chegou ontem a Montevidéu para participar da reunião de cúpula que, pela primeira vez, vai ampliar o Mercosul. O bloco criou uma categoria especial de associação para incorporar a Venezuela.
Por enquanto, o novo sócio não será um membro pleno, como Argentina, Brasil, Uruguai e Paraguai, nem um membro associado, como Bolívia, Chile, Colômbia, Equador e Peru. O que diferencia um grupo do outro é o grau de compromisso com o bloco.
Os membros plenos possuem acordos de livre comércio, uma Tarifa Externa Comum aplicada a produtos de fora do bloco, e vários outros compromissos políticos e comerciais com o objetivo de evoluir para um mercado comum, ou seja, a livre circulação de bens, serviços e fatores de produção, inclusive trabalhadores.
Os membros associados, caso da Venezuela hoje, possuem acordos de livre comércio, com cronograma gradual de implementação, e assinam a cláusula democrática do Mercosul, com a qual se empenham em manter o regime.
Os chanceleres discutiram também a entrada de outros sócios futuramente. Recentemente, o México pediu para ser membro associado. Segundo diplomatas, há intenção de aceitar a proposta, mas o pedido só será considerado depois que o México assinar acordos de livre comércio com todos os sócios do Mercosul. Ontem, circularam rumores de que, caso o líder cocaleiro Evo Morales ganhe as eleições de 18 deste mês, a Bolívia poderia seguir os passos da Venezuela no Mercosul.
Hoje, a pedido de Chávez, haverá também uma reunião extraordinária da Comunidade Sul Americana das Nações (Casa), o projeto de integração política e econômica de todo o continente.
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