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Socorro oficial gera fortes altas nas Bolsas
Bovespa sobe 8,3%, impulsionada por empresas de commodities como Petrobras, com alta de 11%, mas dólar vai a R$ 2,50
Investidores globais se animam com acordo de ajuda para as montadoras americanas e promessas de investimentos de Obama
FABRICIO VIEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL
O mercado acionário iniciou
a semana com fortes ganhos
pelo mundo. Na Bovespa, o pregão teve seu melhor desempenho em duas semanas, ao terminar com alta expressiva de
8,31%, aos 38.284 pontos. Foi a
primeira vez que a Bolsa fechou
acima dos 38 mil pontos em
mais de um mês.
Os investidores foram às
compras movidos pela expectativa em torno de programas de
estímulo nas principais economias. O presidente eleito dos
EUA, Barack Obama, anunciou
no final de semana ambiciosos
planos de investimentos em infra-estrutura. Cúpula da União
Européia nesta semana debate
plano de socorro de 200 bilhões. E o governo chinês discute ampliar seu pacote bilionário de estímulo.
Esse noticiário animou os
mercados e favoreceu a recuperação das commodities. O
índice Dow Jones subiu 3,46%,
enquanto a Nasdaq teve ganho
de 4,14%.
Os ganhos na Europa foram
mais elevados: a Bolsa de Paris
subiu 8,68%; Frankfurt, 7,63%;
e Londres, 6,19%. Na Ásia, o índice Nikkei, de Tóquio, subiu
5,2%. Em Hong Kong, a alta foi
de 8,66%. Já o barril de petróleo teve elevação de 7% em Nova York, para US$ 43,71.
A recuperação das commodities teve resposta imediata das
maiores companhias da Bovespa. A ação PN da Petrobras, a
mais negociada da Bolsa, subiu
11,28%. Entre as siderúrgicas e
mineradoras, destaque para
Vale PNA (10,27%), Usiminas
PNA (15,4%), Gerdau PN
(14,36%) e CSN ON (13,51%).
"O mercado se animou com
as notícias e precificou uma expectativa de melhora. A notícia
de ajuda às montadoras americanas agradou aos investidores, pois o setor é muito relevante para a economia", disse
José Augusto Miranda, chefe
da mesa de operações da HSBC
Corretora.
As compras na Bolsa paulista
foram intensas, com 386 mil
operações, que movimentaram
R$ 4,79 bilhões. Em novembro,
por exemplo, houve 291 mil
transações por pregão, com giro de R$ 3,77 bilhões.
Todavia o resultado de ontem não deve ser encarado ainda como uma virada do mercado, avaliam analistas. Essa não
é a primeira vez, no período
mais agudo da crise, que a Bolsa tem forte apreciação, para
depois perder força.
Já o câmbio se descolou do
mercado acionário. Após abrir
em queda expressiva e ser negociado, na mínima, a R$ 2,39,
o dólar ganhou força no decorrer do pregão, para terminar
perto da máxima do dia, a R$
2,501 -a segunda maior cotação do ano.
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