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EUA terão recessão em 2008, prevê banco
Para Goldman Sachs, crescimento no 2º e no 3º trimestres será negativo e Fed cortará juros em quase 2 pontos até o fim do ano
Para a instituição, PIB deve crescer 0,8%, bem abaixo
dos 2,2% estimados pelo Banco Mundial e dos 2,7%
previstos pelo governo
Mario Tama - 26.dez.07/France Presse
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Consumidores em frente à loja em Nova York; para Goldman Sachs, recessão será "relativamente branda' pelos padrões históricos
DA REDAÇÃO
O Goldman Sachs afirmou
que, se a economia dos Estados
Unidos já não está em recessão,
"em breve" ela chegará. No início da semana, outro banco de
investimento americano, o
Merrill Lynch, já tinha feito
previsão semelhante.
Para o Goldman Sachs, o PIB
deve se contrair no segundo e
no terceiro trimestres deste
ano -a definição padrão de recessão nos EUA envolve dois
trimestres consecutivos de
crescimento econômico negativo. No final da semana passada, o banco dissera que os EUA
estavam "à beira da recessão".
"Nos últimos meses, temos
ficado cada vez mais preocupados com que os problemas dos
mercados imobiliário e de crédito provoquem não apenas desaceleração no crescimento e
um afrouxamento substancial
do Fed [o BC dos EUA] -nossa
visão há um bom tempo-, mas
também uma completa recessão", afirma relatório do banco.
A instituição disse também que
os dados do desemprego de novembro, que atingiram o seu
maior nível desde 2005, são especialmente preocupantes.
De acordo com o banco, a recessão deve durar de dois a três
trimestres e ser "relativamente
branda" pelos padrões históricos, com uma queda acumulada
no PIB de 0,5%.
Três fatores devem impedir
que a recessão dos EUA seja
mais profunda, na análise do
Goldman Sachs. Um deles é que
o Fed deve reduzir a taxa de juros básica dos atuais 4,25% para 2,5% até o fim do ano. O primeiro corte deve acontecer já
na reunião de janeiro, quando o
banco projeta uma taxa 0,50
ponto percentual menor. O BC
dos EUA cortou os juros em
seus três últimos encontros.
Além disso, a instituição afirma acreditar que o governo de
George W. Bush deve apresentar um pacote de estímulo à
economia. E, de acordo com o
Goldman Sachs, a desvalorização do dólar deve ajudar as exportações das empresas.
Pelas suas projeções, o PIB
dos EUA deve crescer 0,8%
neste ano, bem menos que as
estimativas, por exemplo, do
Bird, que prevê expansão de
2,2%, e da Casa Branca, que
acredita em avanço de 2,7%.
Como efeito da desaceleração,
a taxa de desemprego deve chegar a 6,5% em 2009 -em novembro, ela ficou em 5%.
O Goldman Sachs foi uma
das instituições financeiras
menos afetadas por investimentos em títulos do mercado
imobiliário "subprime" (de alto
risco), e seu lucro subiu 2% no
seu trimestre fiscal.
Meirelles
O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, disse
ontem que o Brasil está preparado para enfrentar as conseqüências de uma possível recessão nos EUA.
"O Brasil está muito bem colocado hoje dentro do cenário
internacional. Estive em Basiléia em reuniões dos BCs no domingo e na segunda-feira, e a
avaliação é que o país está com
os fundamentos sólidos para
enfrentar com maior segurança o cenário internacional."
Com agências internacionais
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