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Mercado Aberto
MARIA CRISTINA FRIAS - cristina.frias@uol.com.br
Demanda e alto padrão elevam em 21% preço de escritórios novos em SP
Os preços dos imóveis comerciais novos subiram pelo
segundo ano consecutivo na região metropolitana de São Paulo. A alta média foi de 21% no
acumulado do ano passado, até
novembro, na comparação com
2008. O valor do metro quadrado atingiu, em média, R$ 7.134
-o maior desde 1995, o primeiro ano do Plano Real.
O levantamento é da Embraesp (Empresa Brasileira de
Estudos de Patrimônio), especializada em consultoria imobiliária. O cálculo leva em conta o
valor do metro quadrado de
área útil das unidades lançadas.
Na Bela Vista, bairro da região central da capital paulista,
foi onde ocorreu o lançamento
de valor mais alto. O imóvel, localizado na av. Paulista, o coração financeiro da cidade, teve
custo médio por metro quadrado de R$ 13.183.
Já na outra ponta, o mais barato foi em São Caetano do Sul,
que fica na Grande São Paulo,
com custo de R$ 2.800.
Três fatores justificam a alta
do valor dos escritórios novos
no ano passado: o aumento da
qualidade dos lançamentos, de
bom a alto padrão; o crescimento da demanda pelo produto; e o custo mais alto dos terrenos, especialmente na capital
paulista, de acordo com a opinião de Luiz Paulo Pompéia, diretor da Embraesp.
"Estamos chegando próximo
do limite. Esses valores dos escritórios nunca foram tão altos", afirma Pompéia.
O número de lançamentos de
imóveis comerciais, porém, deve fechar 2009 no mesmo patamar do ano anterior, considerado excelente período para o
mercado. "Isso demonstra uma
consolidação da demanda por
escritórios de bom a alto padrão", de acordo com o diretor.
Em 2008, foram lançados 27
imóveis comerciais na região
metropolitana de São Paulo -o
melhor resultado em dez anos.
No ano passado, até novembro,
haviam sido lançados 24. "Nos
próximos anos, deve ocorrer
um número maior de lançamentos nos municípios no entorno da cidade de São Paulo,
devido, principalmente, aos
problemas de mobilidades na
capital", diz o diretor da Embraesp. Os potenciais mercados
para novos escritórios são as
regiões de Alphaville, Grande
ABC, Osasco, entre outras.
DESIGN DE LUXO
A Porsche Design
acaba de chegar ao Brasil. "A crescente demanda que existe no
país para o mercado de
luxo" foi o motivo que
levou o empresário luso-angolano Mário Cajada, 36, a abrir duas
lojas de uma só vez,
uma no Fashion Mall
(RJ) e outra na Villa
Daslu (SP). Os investimentos foram de R$ 2
milhões, segundo Cajada -que detém a representação da marca também em Portugal e Angola. "Com o potencial
de mercado que o país
tem e com o aumento
do poder aquisitivo do
brasileiro, já planejamos abrir mais uma loja em São Paulo ainda
neste ano."
A marca, presente em
mais de 30 países, vende
desde malas, vestuário e
relógios a celulares e
perfumes. Cerca de 85%
dos produtos são destinados ao universo masculino. Uma das principais características da
marca é a exclusividade.
As peças têm edições limitadas. Um exemplo é
um relógio que será lançado em fevereiro com
apenas 50 unidades no
mundo todo. O preço?
R$ 150 mil. E, por enquanto, só uma peça virá
para o Brasil. A marca
foi fundada em 1972 por
Ferdinand Alexander
Porsche, neto do fundador da Porsche.
FECHANDO AS PORTAS
A versão brasileira da TV Bloomberg vai encerrar as
suas operações até o final deste mês. Dos canais internacionais da rede norte-americana, o brasileiro será o
último a ser fechado.
Peugeot quer reverter mau desempenho
"Antes tarde do que nunca." Com essas palavras,
Jean-Marc Gales, diretor-geral da Peugeot mundial, definiu o lançamento, em 2010,
de uma picape e um sedã exclusivos para o mercado brasileiro, numa tentativa de reverter o que ele mesmo classificou de "insatisfatório" desempenho da marca no Brasil -sétimo lugar em vendas,
com 80 mil carros (3,22% de
"market share")-, num ano
em que a indústria bateu todos os recordes.
Mas não é só fora da Europa, que hoje representa 40%
do mercado, que a Peugeot
pretende marcar território.
Numa ofensiva mundial, a
marca anunciou o lançamento de 14 produtos, entre 2010
e 2012, para, com isso, galgar
três posições do seu atual décimo lugar no ranking.
Até junho, a empresa começa a vender no mercado
europeu o RCZ, vitrine do
novo design da marca, e ainda neste ano inicia a produção do BB1 (100% elétrico,
quatro lugares).
Na sexta-feira, em Paris, a
montadora apresentou sua
nova identidade visual, que
começa com a modernização
do tradicional logotipo do
leão (de 1858), agora em 3D,
acompanhado do slogan internacional "motion & emotion", que será mantido em
inglês em todos os países, e
com uma campanha publicitária mundial que mostra
produtos de duas rodas (bicicletas e scooters) e quatro rodas que "combinam ideias e
mixam tecnologias".
A jornalista PATRÍCIA TRUDES DA VEIGA
viajou a convite da Peugeot
com JOANA CUNHA, ALESSANDRA KIANEK e PATRÍCIA TRUDES DA VEIGA
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