São Paulo, domingo, 10 de janeiro de 2010

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Mercado Aberto

MARIA CRISTINA FRIAS - cristina.frias@uol.com.br

Demanda e alto padrão elevam em 21% preço de escritórios novos em SP

Os preços dos imóveis comerciais novos subiram pelo segundo ano consecutivo na região metropolitana de São Paulo. A alta média foi de 21% no acumulado do ano passado, até novembro, na comparação com 2008. O valor do metro quadrado atingiu, em média, R$ 7.134 -o maior desde 1995, o primeiro ano do Plano Real.
O levantamento é da Embraesp (Empresa Brasileira de Estudos de Patrimônio), especializada em consultoria imobiliária. O cálculo leva em conta o valor do metro quadrado de área útil das unidades lançadas.
Na Bela Vista, bairro da região central da capital paulista, foi onde ocorreu o lançamento de valor mais alto. O imóvel, localizado na av. Paulista, o coração financeiro da cidade, teve custo médio por metro quadrado de R$ 13.183.
Já na outra ponta, o mais barato foi em São Caetano do Sul, que fica na Grande São Paulo, com custo de R$ 2.800.
Três fatores justificam a alta do valor dos escritórios novos no ano passado: o aumento da qualidade dos lançamentos, de bom a alto padrão; o crescimento da demanda pelo produto; e o custo mais alto dos terrenos, especialmente na capital paulista, de acordo com a opinião de Luiz Paulo Pompéia, diretor da Embraesp.
"Estamos chegando próximo do limite. Esses valores dos escritórios nunca foram tão altos", afirma Pompéia.
O número de lançamentos de imóveis comerciais, porém, deve fechar 2009 no mesmo patamar do ano anterior, considerado excelente período para o mercado. "Isso demonstra uma consolidação da demanda por escritórios de bom a alto padrão", de acordo com o diretor.
Em 2008, foram lançados 27 imóveis comerciais na região metropolitana de São Paulo -o melhor resultado em dez anos. No ano passado, até novembro, haviam sido lançados 24. "Nos próximos anos, deve ocorrer um número maior de lançamentos nos municípios no entorno da cidade de São Paulo, devido, principalmente, aos problemas de mobilidades na capital", diz o diretor da Embraesp. Os potenciais mercados para novos escritórios são as regiões de Alphaville, Grande ABC, Osasco, entre outras.

DESIGN DE LUXO
A Porsche Design acaba de chegar ao Brasil. "A crescente demanda que existe no país para o mercado de luxo" foi o motivo que levou o empresário luso-angolano Mário Cajada, 36, a abrir duas lojas de uma só vez, uma no Fashion Mall (RJ) e outra na Villa Daslu (SP). Os investimentos foram de R$ 2 milhões, segundo Cajada -que detém a representação da marca também em Portugal e Angola. "Com o potencial de mercado que o país tem e com o aumento do poder aquisitivo do brasileiro, já planejamos abrir mais uma loja em São Paulo ainda neste ano."
A marca, presente em mais de 30 países, vende desde malas, vestuário e relógios a celulares e perfumes. Cerca de 85% dos produtos são destinados ao universo masculino. Uma das principais características da marca é a exclusividade. As peças têm edições limitadas. Um exemplo é um relógio que será lançado em fevereiro com apenas 50 unidades no mundo todo. O preço? R$ 150 mil. E, por enquanto, só uma peça virá para o Brasil. A marca foi fundada em 1972 por Ferdinand Alexander Porsche, neto do fundador da Porsche.

FECHANDO AS PORTAS
A versão brasileira da TV Bloomberg vai encerrar as suas operações até o final deste mês. Dos canais internacionais da rede norte-americana, o brasileiro será o último a ser fechado.

Peugeot quer reverter mau desempenho

"Antes tarde do que nunca." Com essas palavras, Jean-Marc Gales, diretor-geral da Peugeot mundial, definiu o lançamento, em 2010, de uma picape e um sedã exclusivos para o mercado brasileiro, numa tentativa de reverter o que ele mesmo classificou de "insatisfatório" desempenho da marca no Brasil -sétimo lugar em vendas, com 80 mil carros (3,22% de "market share")-, num ano em que a indústria bateu todos os recordes. Mas não é só fora da Europa, que hoje representa 40% do mercado, que a Peugeot pretende marcar território. Numa ofensiva mundial, a marca anunciou o lançamento de 14 produtos, entre 2010 e 2012, para, com isso, galgar três posições do seu atual décimo lugar no ranking. Até junho, a empresa começa a vender no mercado europeu o RCZ, vitrine do novo design da marca, e ainda neste ano inicia a produção do BB1 (100% elétrico, quatro lugares). Na sexta-feira, em Paris, a montadora apresentou sua nova identidade visual, que começa com a modernização do tradicional logotipo do leão (de 1858), agora em 3D, acompanhado do slogan internacional "motion & emotion", que será mantido em inglês em todos os países, e com uma campanha publicitária mundial que mostra produtos de duas rodas (bicicletas e scooters) e quatro rodas que "combinam ideias e mixam tecnologias".


A jornalista PATRÍCIA TRUDES DA VEIGA viajou a convite da Peugeot

com JOANA CUNHA, ALESSANDRA KIANEK e PATRÍCIA TRUDES DA VEIGA


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