São Paulo, sábado, 10 de fevereiro de 2007

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EUA pedem mais esforços do Brasil para barrar pirataria

Aplicação das leis deve ser global, afirma Gonzales

DA REDAÇÃO

O Brasil, quarto mercado mundial para produtos ilegais, deve fazer mais para combater a pirataria, disse ontem o secretário da Justiça dos EUA, Alberto Gonzales.
Em discurso para uma associação de industriais no Rio, Gonzales afirmou que os EUA estão endurecendo a aplicação das leis para acabar com os artigos pirateados. "Nesta visita eu incentivei meus colegas brasileiros a fazer o mesmo", disse ele, que também visitou El Salvador e Argentina.
Os EUA são o principal investidor estrangeiro no Brasil e o maior parceiro comercial, com trocas bilaterais anuais de US$ 40 bilhões. "Entendo que existam desafios aqui. Considero que nós precisamos pensar seriamente sobre a aplicação da legislação, se temos leis suficientes para proteger os direitos de propriedade intelectual aqui neste país."
Gonzales afirmou "aplaudir" os esforços brasileiros para aumentar as barreiras contra a falsificação de artigos, mas disse que o país não pode trabalhar sozinho e deve unir forças com os EUA para combater a pirataria internacional.
"A era digital criou um mundo sem limites para grandes empresas fora-da-lei, então nossos esforços de aplicação das leis devem ser também globais e sem limites", disse. O governo americano estuda mandar um coordenador à América do Sul para se dedicar especialmente à proteção da propriedade intelectual na região.
Anteontem, em Brasília, o ministro Márcio Thomaz Bastos (Justiça) se reuniu com Gonzales para tratar da reformulação do acordo bilateral entre os dois países para pedidos de extradição.
Eles decidiram que os titulares da pasta se reunirão, a cada seis meses, para avaliar o desenvolvimento das ações, em sedes alternadas.


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