|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
EUA pedem mais esforços do Brasil para barrar pirataria
Aplicação das leis deve ser global, afirma Gonzales
DA REDAÇÃO
O Brasil, quarto mercado
mundial para produtos ilegais,
deve fazer mais para combater
a pirataria, disse ontem o secretário da Justiça dos EUA, Alberto Gonzales.
Em discurso para uma associação de industriais no Rio,
Gonzales afirmou que os EUA
estão endurecendo a aplicação
das leis para acabar com os artigos pirateados. "Nesta visita eu
incentivei meus colegas brasileiros a fazer o mesmo", disse
ele, que também visitou El Salvador e Argentina.
Os EUA são o principal investidor estrangeiro no Brasil e o
maior parceiro comercial, com
trocas bilaterais anuais de
US$ 40 bilhões. "Entendo que
existam desafios aqui. Considero que nós precisamos pensar
seriamente sobre a aplicação
da legislação, se temos leis suficientes para proteger os direitos de propriedade intelectual
aqui neste país."
Gonzales afirmou "aplaudir"
os esforços brasileiros para aumentar as barreiras contra a
falsificação de artigos, mas disse que o país não pode trabalhar sozinho e deve unir forças
com os EUA para combater a
pirataria internacional.
"A era digital criou um mundo sem limites para grandes
empresas fora-da-lei, então
nossos esforços de aplicação
das leis devem ser também globais e sem limites", disse. O governo americano estuda mandar um coordenador à América
do Sul para se dedicar especialmente à proteção da propriedade intelectual na região.
Anteontem, em Brasília, o
ministro Márcio Thomaz Bastos (Justiça) se reuniu com
Gonzales para tratar da reformulação do acordo bilateral entre os dois países para pedidos
de extradição.
Eles decidiram que os titulares da pasta se reunirão, a cada
seis meses, para avaliar o desenvolvimento das ações, em
sedes alternadas.
Texto Anterior: IPCA em 12 meses é o menor desde 1999 Próximo Texto: Para OCDE, Brasil deve ter crescimento forte neste ano Índice
|