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Papéis de siderúrgicas perdem fôlego, e Bolsa cai 1,5%
Investidor aguarda socorro
a bancos e pacote nos EUA
FABRICIO VIEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL
Após a escalada da semana
passada, quando subiu 8,79%, a
Bovespa esfriou ontem. As
ações da Vale, grande destaque
de 2009, acabaram por perder
fôlego e pesaram no resultado
final do pregão -o Ibovespa teve baixa de 1,53%.
À espera da aprovação do pacote de estímulo econômico do
presidente Barack Obama, o
mercado acionário americano
também teve um dia fraco. O
índice de ações Dow Jones melhorou no fim do dia, mas terminou com baixa de 0,12%.
A expectativa do mercado é a
de que o Congresso americano
aprove ainda hoje o pacote econômico. Outra notícia aguardada para hoje é a do novo socorro
destinado ao setor financeiro
dos Estados Unidos.
Em meio à falta de novidades, os investidores aproveitaram para embolsar parte do lucro acumulado pelos papéis do
setor de siderurgia e mineração. Ações como as da Vale, da
Companhia Siderúrgica Nacional e da Usiminas, que têm sido
decisivas no resultado da Bovespa no ano, estiveram entre
as quedas mais elevadas entre
os papéis de maior negociação.
As ações da Vale, que responderam por quase 25% do total
negociado no pregão, registraram baixas de 2,95% (preferencial "A") e 2,96% (ordinária). Já
as ações da Usiminas lideraram
as perdas, ao caírem 5,53%
(ON) e 4,56% (PNA).
Na semana passada, informações de que os estoques de
minério de ferro estavam baixos na China, que é a grande
consumidora mundial, motivaram a compra de papéis de siderúrgicas nas Bolsas. A ação
ordinária da Vale avançou
19,23% na última semana; o papel ordinário da CSN teve valorização de 14,26% no período.
As ações da Petrobras resistiram ontem. Mesmo com o petróleo em queda de 1,5% em
Nova York (fechou vendido a
US$ 39,56), conseguiram valorização. O papel preferencial da
Petrobras subiu 1,07%, e o ordinário ganhou 1,23%.
O setor bancário foi outro
que não começou bem a semana. Entre as grandes instituições privadas, a exceção foi
Bradesco PN, que subiu 0,17%.
Já as ações units do Unibanco
recuaram 1,95%, seguidas por
Banco do Brasil ON, que perdeu 1,92%, e por Itaú PN, com
desvalorização de 1,52%.
Apesar da baixa de ontem, o
índice Ibovespa conseguiu se
manter acima dos 42 mil pontos, em seu maior nível de 2009
-encerrou aos 42.100 pontos.
Dessa forma, a Bolsa de Valores
de São Paulo ainda acumula
forte apreciação de 12,12% em
2009, destacando-se em um
mercado no qual as grandes
Bolsas estão no vermelho neste
começo de ano.
A movimentação da Bovespa
manteve-se elevada no pregão
de ontem, tendo sido girados
R$ 4,25 bilhões -a média diária do ano é de R$ 3,66 bilhões.
Na Europa, os pregões foram
um pouco melhores ontem -se
as Bolsas não tiveram altas expressivas, ao menos escaparam
de fechar no vermelho.
Em Londres, a Bolsa subiu
0,37%; em Frankfurt, a alta foi
de 0,48%; e, em Paris, de 0,39%.
Real mais forte
Se a Bolsa brasileira começou
a semana em ritmo mais fraco,
o real manteve a rota de apreciação dos últimos dias. Nas
operações de ontem, a moeda
sofreu recuo de 0,75%, para
terminar a R$ 2,237. No mês, o
dólar tem baixa de 3,49%.
A diminuição das "posições
compradas" dos estrangeiros
na BM&F mostra que têm perdido força as apostas no dólar
valorizado. Essas posições
compradas, montadas por
meio de contratos futuros, registravam US$ 10,2 bilhões na
sexta-feira. Em janeiro, superaram os US$ 13 bilhões.
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